Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT, na sigla em inglês) desenvolveram um painel de captação da energia solar que funciona de maneira mais rudimentar, e por isso muito mais simples. De fato, o tal painel não é apenas da finura de um papel, e sim feito de papel.
O segredo é o seguinte: os tecnólogos conseguiram implantar fotocélulas (as subunidades de recepção da energia) em uma folha de papel vegetal comum. Foi criado um protótipo capaz de gerar energia em forma de luz, graças a uma pequena tela de LED (sigla em inglês para “Diodo emissor de luz”). As células solares são cultivadas, em baixas temperaturas, sobre o papel vegetal. Com essa praticidade, podem ser facilmente colocados em telhados, acoplados a persianas ou distribuídos sobre aparelhos eletrônicos.
A coordenadora do projeto é uma engenheira química, Karen Gleason. Ela explica basicamente como funciona o sistema: “são cinco camadas de material sólido depositado sobre um substrato de papel, e cada camada tem uma função diferente”. As camadas podem conter o material ativo (a célula solar propriamente dita), que libera um elétron quando é atingido pela luz enquanto a camada seguinte abriga um circuito, que carrega a corrente elétrica.
As vantagens, obviamente, são a simplicidade e o baixo custo do procedimento, mas tal célula ainda tem uma produtividade muito menor que a convencional. A maioria das células solares atuais têm uma taxa de eficiência de pelo menos 15%. O painel de papel, por sua vez, tem células solares com eficiência de somente 1%. Uma meta breve para os pesquisadores é chegar aos 4% sem alterar a estrutura básica. A corrida pela popularização de energia solar, ao que parece, começou. [Daily Tech]