Cientistas descobrem o aglomerado de galáxias mais antigo

Por , em 17.01.2011

O descobrimento de galáxias acontece de forma relativamente frequente e não costuma ser um tópico muito especial, mas a recente descoberta das galáxias mais distantes conhecidas está atraindo uma atenção significativa.

Foram necessários vários telescópios multi comprimento de onda ultra-potentes para avistar o aglomerado de galáxias, que fica aproximadamente 12,6 bilhões anos-luz da Terra e foi chamado de COSMOS AzTEC3.

Dado que o próprio universo é estimado em apenas 13,7 bilhões de anos, isso significa que nós estamos vendo a luz de uma galáxia que apareceu logo um bilhão de anos após o Big Bang – e a vida moderna como a conhecemos demorou aproximadamente um bilhão de anos apenas para evoluir de organismos simples a multicelulares.

Para encontrar o aglomerado, telescópios procuraram super buracos negros, do tipo que emite radiação que rompe nuvens de gases e leva a formação de estrelas e galáxias. Uma vez que o aglomerado foi localizado, outros telescópios verificaram sua idade. Ainda outro telescópio foi usado para estimar a massa do aglomerado, que acabou por ser no mínino 400 bilhões de sóis. O buraco negro do aglomerado tinha uma massa de 30 milhões de sóis, sozinho.

Localizada na constelação de Sextante, não é apenas a mais velha aglomeração de galáxias antigas, mas também uma das maiores. O detentor do recorde anterior pertencia a um aglomerado de 10 bilhões de anos-luz de distância.

A aglomeração é movimentada de atividade cósmica. Estrelas estão nascendo e um buraco negro supermassivo está chupando matéria e emitindo radiação. Para os cientistas, é fascinante conjecturar o que aconteceu com esse aglomerado. Afinal, mais de 12 bilhões anos se passaram até hoje, mas algumas das galáxias do grupo podem se parecer muito com a nossa.

Segundo os pesquisadores, explosões estelares e buracos negros são as sementes do aglomerado. Essas sementes acabarão por se transformar em uma galáxia central gigante que vai dominar o aglomerado, um traço encontrado em aglomerados de galáxias modernos.

A última verificação feita por telescópio sobre o aglomerado mediu a quantidade de gás (ou combustível de estrelas) que havia nele. Os resultados mostraram que o aglomerado estava saudável e em crescimento de galáxias e, provavelmente, iria amadurecer em uma série de galáxias adultas semelhantes à nossa.

Isso significa que talvez haja vida orbitando uma estrela distante na versão moderna dessas galáxias, olhando para a Terra e descobrindo nossa galáxia pela primeira vez também. [DailyTech]

15 comentários

  • Renata:

    Fascinante 😀

  • fati ferreira:

    Muito massa esse lance de astronomia,primeiro eles falam que não há a possibilidade de vida extraterrestre e depois acreditam na possibilidade disso acontecer.
    Todos vocês que gostam de astronomia estão cheios de razão pois a astronomia e cheia de misterios a serem revelados

  • Alberto Carvalhal Campos:

    Não é o mais antigo e sim o mais novo. É isso que diz o blog “olhando o universo”. A cosmologia está invertida.

  • Juliano:

    Ely, os telescópios já estão no seu limite, pq há um estudo que diz que até quase 1 bilhão de anos após o big-bang o espaço interestelar era opaco, que a radiação das primeiras estrelas e buracos-negros foi limpando tudo e ele se tornou “transparente” como vemos hoje. Resumindo: é impossível ver além do que já foi visto.

  • Evaldo Xygullo:

    Se e obra de Deus eu nao sei, só sei que não e obra do homem porque não conhecço nenhum homem que tenha subido ate as estrelas e efeito algo tão maravilhoso como estas galaxias. Parabens pelas fotos são infinitamente lindas.

  • cesar pi:

    “Planck: drama cósmico desenrola-se em três atos”
    http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=planck-drama-cosmico-em-tres-atos&id=010130110121&ebol=sim
    esse artigo é muito bom!

  • ELY:

    Pessoal,falta apenas 1 bilhão de anos luz para chegar no limite do nosso universo desde o BIG BANG; e se depois dos 14 bilhões ver mais coisas; vai cair por terra a idade do BIG BANG. Vai ser bem polémico. Esperar pra ver.

  • gally lew:

    putzzz, tava invertendo a direção do referencial!!!

  • Fl@ser:

    Boa Gally lew, e se ao invés de estarmos vendo milhões de galaxias ao mesmo tempo, estivermos vendo milhares de galaxias em milhares de tempos?

  • Colorado:

    Tudo depende da maneira que você encara, foca, olha. Mas por que eu to dizendo isso? Todo mundo sabe que Chuck Norris vai além da velocidade da luz… De fato Chuck Norris não vai, ele chega.

  • gally lew:

    em cima de uma dúvida do texto, outra que há muito me atormenta…será que uma dessas galáxias vista há 12,6 bilhões de anos-luz pode ser a mesma que outra, p.ex. observada há 3 bilhões de anos-luz!?…

  • david:

    e como achar que só existe nós no universo?…

  • Roberto:

    Pois é, pensador. Imagine que vemos luz de objeto que não está mais como se vê. Se pela luz o objeto está a 12 bilhões de anos luz de distância, talvez ele agora esteja localizado a uma distância que corresponde aproximadamente ao dobro disso.

  • Pensador:

    Muito interessante. Mas pode existir outras muito mais longe, esses telescópios são super potentes, mas acredito que haja muitas galáxias ainda mais longe.

  • Jefferson:

    Muito interessante…Quem sabe, não há vida por lá?
    Se houvesse espécies inteligentes nesses planetas, com certeza seriam muito mais sabeis do que nós.Já devem ter visto a nossa galáxia.Isso reforça ainda mais a idéia de que existe vida extraterrestre.Eu acredito em et’s, porque, poxa, em um universo tão grande, não é possível que só exista espécies inteligentes na terra.Mais por outro lado, acho muita sorte existirmos, pois nós somos muito complexos.Ou foi muita cagada do big beng, ou foi deus mesmo que nos criou.

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