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Cientistas divergem sobre o quanto o nível do mar está subindo

Mais lenha jogada na fogueira da discussão sobre o aquecimento global: a Universidade de East Anglia (Inglaterra) deixou vazar uma série de e-mails dando a entender que a instituição estava tentando encobrir alguns dados importantes comprovando o aquecimento global. O estudo que a universidade teria tentado desacreditar é de autoria de dois pesquisadores das mudanças climáticas.

O tema do estudo, mais uma vez, são as calotas polares. Segundo a nova pesquisa, feita por estudantes universitários da Holanda, ao longo da última década a Groenlândia está perdendo aproximadamente 104 gigatoneladas (bilhões de toneladas) por ano, enquanto no Oeste da Antártida esta taxa está em 64 gigatoneladas. A questão, agora, é só se as calotas estão perdendo mais ou menos gelo, mas todos concordam que de fato estamos perdendo.

O nível do mar, segundo o levantamento, está aumentando cerca de três milímetros por ano, atualmente. Na década de 1970, quando começaram a surgir os primeiros diálogos sobre o que ainda seria chamado de aquecimento global, este nível de aumento estava em 1,8 milímetros.

Estimativas feitos há alguns anos superestimaram esses números. Segundo os pesquisadores holandeses, os levantamentos anteriores erraram por ignorarem um fenômeno chamado de ajuste isostático do gelo. Basicamente, é o seguinte: o gelo exerce determinado peso sobre a sobre a terra, que em contrapartida faz força para cima. Algo como um colchão que se reacomoda devagar depois de dormirmos uma noite sobre ele. Esse choque de pressões influencia na elevação do nível do mar e até no próprio ritmo com o qual a calota derrete.

Assim, os pesquisadores pedem cuidado para se fazer análises. Eles não refutam que haja aquecimento global, mas afirmam ser fundamental que se estude a conformação das camadas terrestres para tirar conclusões sobre o aumento do nível do mar, um dos principais “sintomas” das mudanças climáticas. [Daily Tech]

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