Nosso universo é tão grande e antigo que é até difícil pensar que um dia ele não existirá. Mais difícil ainda é pensar que ele poderá ter um fim chato e rápido. De acordo com pesquisadores do Fermi National Accelerator Laboratory (Laboratório Nacional Fermi de Aceleradores), nos Estados Unidos, se o que descobrimos sobre a partícula subatômica bóson de Higgs for verdade, o universo poderá acabar quando um outro universo o “engolir” na velocidade da luz.
A massa da “partícula de Deus” sugere que o universo irá acabar quando uma “bolha de vácuo” de rápida propagação engolir nosso universo. A boa notícia é que isso provavelmente vai acontecer uns dez bilhões de anos depois da destruição do nosso próprio planeta.
“Se você usar toda a física que conhecemos agora e fazer um cálculo simples, temos más notícias. Pode ser que o universo em que vivemos seja inerentemente instável, e em alguns bilhões de anos tudo será destruído. Isso tem a ver com o campo energético de Higgs”, disse o físico Joseph Lykken.
De acordo com os pesquisadores, o padrão e funcionamento do nosso universo – incluindo o valor da massa de Higgs e a massa de uma outra partícula subatômica chamada de quark top – sugere que estamos no limite da estabilidade, em um estado “mega-estável”.
Físicos pensam nessa possibilidade há mais de 30 anos. Em 1982, os físicos Michael Turner e Frank Wilczek escreveram um artigo para a revista Nature, em que diziam que “sem aviso, uma bolha de vácuo poderia formar núcleos em algum lugar do universo e fazer com que tudo a sua volta fosse para dentro dela, na velocidade da luz”.
Infelizmente, não saberemos muito mais sobre Higgs por um tempo. O Grande Colisor de Hádrons – o Large Hadron Collider, conhecido como LHC – em que a partícula foi descoberta, entrou em hiato por dois anos. Os cientistas farão ajustes na máquina, que atingirá seu pico de energia em 2015. [DailyMail/MSN/NPR]