Jiri Hulcr e seus colegas na Faculdade de Raleigh, Carolina do Norte, lançou recentemente o Projeto da Biodiversidade do Umbigo, como uma forma divertida para que as pessoas se interessem por microbiologia e aprendam sobre as bactérias encontradas na pele.
Embora o umbigo seja um lugar incomum para conduzir uma pesquisa, em muitos aspectos, é ideal para encontrar germes.
“O umbigo é protegido, tornando-se um refúgio para os micróbios da pele normal”, explica Hulcr, pesquisador de pós-doutorado que lidera o projeto.
Outra vantagem é que poucas pessoas limpam a área com sabonete. “Isso é ótimo para as bactérias”, conta Hulcr, porque a falta da lavagem adequada torna o lugar atrente para ainda mais seres interessantes. Até agora, eles encontraram muitas Staphylococcus epidermidis, que é a bactéria mais comum encontrada na pele -, mas também colônias
amarelo-brilhante de Micrococcus luteus, e gotas pegajosas de Pseudomonas.
Uma terceira vantagem é que o “umbigo não produz secreções como outras partes do corpo que nem o nariz ou a axila”, explica Hulcr. “Assim, a microflora dentro do umbigo é bastante representativa do resto do corpo.”
Os cientistas cultivam as bactérias coletadas dos umbigos dos voluntários em uma cultura e uma vez que se tornem “grandes e robustas o suficiente”, elas são fotografados. Os participantes recebem um número de acesso para acompanhar suas bactérias online.
“As pessoas sempre se surpreendem com a quantidade de coisa que cresce a partir desta amostra, mesmo superficial”, conta Hulcr. Ele acrescenta que a descoberta moderadamente repugnante de seu projeto fez foi que “muito poucas pessoas passassem a lavar suas umbigo com sabão”, relata.
Antes de encerrar, confira algumas curiosidades aleatórias sobre o umbigo:
– Umbigos “para fora” são raros. Apenas 4% dos participantes do projeto até agora os têm. Eles não apresentam nenhum tipo de micróbio diferente.
– Um químico austríaco sugere que pessoas com pelos na barriga possuem um umbigo com mais “fiapos”.
– Seu umbigo é efetivamente uma armadilha para “fiapos” de fibras do tecido da roupa, bem como de pele morta, suor, gordura e poeira.
– É possível ter um tumor no umbigo. Fique de olho no seu.
– Uma pesquisa sugere que o “umbigo ideal feminino” é pequeno e em forma de T. Os menos atraentes são os umbigos horizontais e os “para fora”. [BodyOddMSN]