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Cientistas pretendem criar “pele” para construções

Arquitetos e profissionais da biotecnologia pretendem unir forças em torno de um inusitado objetivo. Este nasceu quando passaram a se dar conta de como a pele humana tem propriedades fantásticas. Dá resposta mais que imediata a sensações de tato, mudanças de temperatura e choques bruscos, nos protege de corpos estranhos, doenças e uma série de imundícies visíveis e não-visíveis, impede que sejamos atingidos com altas doses de radiação e retêm nossos líquidos. Assim, pensaram: porque não proporcionar esses benefícios aos prédios, às construções?

Tendo uma “pele” que reconhecesse variações de luz, umidade e calor, e um mecanismo que convertesse esses dados para o interior, os prédios economizariam rios de dinheiro com energia elétrica. Explicamos: “sentindo” que está frio lá fora, os prédios podem automaticamente baixar a potência dos aquecedores em seu interior. Sentindo que o dia deu uma clareada, podem diminuir a intensidade das lâmpadas acesas. Sentindo que o ar está mais úmido, podem desligar temporariamente o ar-condicionado.

O projeto mirabolante, mas de espantosa utilidade, é da Universidade da Pensilvânia (EUA). Mas ainda há muitíssimo trabalho a fazer: eles pretendem analisar células de todos os tipos, não apenas da pele, em suas aplicações que possam servir para se construir a pele das construções. Esta parte caberá ao pessoal da biotecnologia.

Aos arquitetos, cabe analisar um design que permita a realização de tal façanha. Será preciso – os cientistas já sabem de antemão – um complicado cálculo para fazer uma superfície tão extensa (muito maior do que a que recobre nossos corpos, obviamente) funcionar com a mesma eficiência. Pode parecer um sonho muito distante, mas a equipe ao menos já conta com respaldo financeiro: receberam 2 milhões de dólares para se lançar nessa empreitada. [PopSci]

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