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Clonagem de animais: porque é tão controversa?

Nos EUA, desde 2008 a venda de carne e leite de animais clonados para dar maiores rendimentos é aprovada pela Administração de Alimentos e Drogas. Os produtos são considerados seguros para o consumo humano.

A venda desses produtos também deve ser aprovada na Grã-Bretanha. No entanto, a tecnologia continua a enfrentar a oposição firme de vários grupos. As críticas incluem alegações de que a pesquisa sobre a segurança do consumo de produtos de origem de animal clonado é insuficiente, e o argumento de que animais clonados passam por grande sofrimento.

A Associação do Solo, que promove alimentação e agricultura biológica, disse em uma carta que a falta de investigação sobre a “toxicidade e alergenicidade” de produtos clonados é “particularmente preocupante”.

A associação acrescentou que “também se opõe ao processo de clonagem, porque ele é prejudicial para o bem-estar animal”. Segundo o grupo RSPCA, o processo de clonagem “envolve procedimentos científicos que podem causar dor, sofrimento e angústia para os animais”, o que o torna impróprio para “propósitos frívolos”.

O grupo afirma que menos de 5% dos embriões clonados sobrevivem até o nascimento, e os que nascem muitas vezes apresentam anormalidades e tempo reduzido de vida.

Já os geneticistas disseram que a clonagem é essencialmente “uma extensão do processo pelo qual os gêmeos surgem na natureza” e, portanto, não suscita preocupações de segurança especial em termos de consumo humano.

Jim Paice, ministro do alimento e da agricultura britânico, disse que o governo, juntamente com a Comissão Europeia, considera desnecessária a proibição da venda de alimentos de animais clonados no Reino Unido.[Telegraph]

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