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Termina simulação de missão em Marte

Seis astronautas voluntários, da China, Rússia e outros países da Europa, passaram os últimos 520 dias fingindo que estão em Marte. É a mais nova e inusitada missão da Agência Espacial Europeia, que simularam uma situação o mais semelhante possível a uma viagem tripulada ao Planeta Vermelho.

O projeto, chamado de Mars500, custou 26 milhões de reais aos cofres da entidade espacial. O que aconteceu, de maneira geral, foi uma temporada de mais de 17 meses, sem interrupção, com seis cosmonautas presos na escotilha de uma base aérea de Moscou (Rússia,) como se estivessem a caminho de Marte.

O ambiente e as condições de uma viagem como essa foram imitados no maior número possível de detalhes: em um espaço de 550 metros cúbicos, mais ou menos o tamanho de uma sala média. Tirando a ausência de peso e a radiação solar, as outras condições físicas de uma missão como essa serão simuladas.

O traje dos astronautas pesa 32 quilos, e a comunicação da cápsula com o mundo exterior teve um atraso de 20 minutos. A saúde dos voluntários foi minuciosamente medida nesse período. Amostras de urina e de sangue foram coletadas, já que eles só se alimentaram de ração espacial e raramente tomaram banho, bem como acontece em qualquer travessia no espaço.

A situação de isolamento que os participantes vivenciaram é parte das preocupações dos organizadores da missão. Haverá câmeras monitorando o comportamento diário dos seis “tripulantes”, e até psicólogos apontaram problemas que podem acontecer.

Em uma missão semelhante, em 2000, dois astronautas se agrediram fisicamente e tentaram assediar uma tripulante feminina, devido ao desequilíbrio mental que a experiência causou. Diante de intermináveis dezessete meses presos em uma escotilha desconfortável, cada astronauta afirma que já planejou passatempos para suportar a missão. [Reuters]

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