No dia do desastre japonês de Fukushima, entre um clima geral de falta de confiança nas medições governamentais de radiação, um número de pessoas começou a mapear os níveis radioativos da região por conta própria, colocando-os na internet.
Uma chuva radioativa recente nos EUA e no Canadá que, segundo os cientistas, foi uma ocorrência natural, voltou a despertar a curiosidade pela medição de radioatividade na Terra.
Mas a maioria dos contadores Geiger (objetos que medem radioatividade) para uso pessoal custam cerca de U$ 200 (R$ 340), o que impede muitos de conseguir calcular a radiação pessoalmente. É aqui que a organização sem fins lucrativos Radiation Watch entra.
Eles desenvolveram uma forma das pessoas construírem seus próprios contadores Geiger para smartphones, em casa. O Geiger portátil usa 8 fotodiodos para detectar a radiação, papel alumínio para analisar partículas beta e alfa, e uma caixa plástica para abrigar o produto. O custo total cai para U$ 46 (R$ 78).
Com o aplicativo, qualquer pessoa pode medir os níveis radioativos em sua região e enviar para um servidor central, que coloca as informações em um mapa.
O projeto já chegou até 10 mil usuários, mas devido a questões de privacidade, os mapas só podem ser vistos na comunidade do radiation-watch.org.
Na continuidade da tecnologia, a equipe produziu recentemente o Pokega Tipo 2. O primeiro contador Geiger sem uma bateria interna, o Tipo 2 usa a mesma tecnologia que o antecessor, mas a fonte de energia sendo o próprio smartphone.
Custando apenas U$ 65 (R$ 110), o Pokega Tipo 2 foi desenvolvido com a ajuda de várias organizações, incluindo o Instituto de Meteorologia Holandês. E você, o que pensa dessa iniciativa? [NewScientist]