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Como o computador foi inventado por acidente

Acredito que poucos dos visitantes desse site lembram os tempos em que o computador existia apenas em centros militares ou empresas, e um trabalho escrito ou documento precisava ser feito à mão ou ser datilografado. Tempos em que uma mensagem era passada por fax, e o máximo de contato exterior talvez fossem os bips.

Mas quem aqui sabe como o computador foi realmente inventado? Na década de 30, um matemático chamado Alan Turing teve a ideia geradora de todo esse processo. Mas não imagine que ele queria inventar o computador da maneira como o conhecemos. Sua preocupação era, claro, a matemática. E era isso que ele queria melhorar com a tecnologia.

Ele queria um invento que pudesse pegar qualquer afirmação matemática, das mais fáceis, como 2+2=4, até as equações mais complexas, e afirmar se era verdadeira ou falsa. Para isso, era necessário um computador programado – um sistema que lesse símbolos de acordo com uma programação prévia.

Mas, como todo matemático, ele encontrou algo para complicar sua vida. A questão teórica era se esse programa conseguiria ler o próprio programa e dizer se ele estava certo ou não. A máquina iria continuar para sempre lendo ou pararia? Dessa forma, ele provou que era impossível criar um programa que pudesse dizer se outros programas estavam certos ou não.

O resumo é que não pode existir um método matemático que diga para todas as afirmações matemáticas se elas são falsas ou verdadeiras. Isso faz da matemática uma ciência não tão perfeita como muitos cientistas da época imaginavam.

A lição importante deixada por Turing é que ele mostrou que uma máquina podia ser programada para fazer uma série de coisas. E isso deu no que deu: computadores, smartphones, e toda a parafernália moderna com tela e botões. Apenas com processadores melhores e mais funções. [NewScientist]

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