Cada vez mais os fogos de artifício evoluem: hoje, eles podem até explodir em estampados rostos sorridentes, ou em anéis do planeta Saturno, em corações, estrelas e outras formas artísticas que divertem os céus.
E qual a ciência por trás desses fogos de artifício desenhados? Como eles funcionam?
Segundo Julie Heckman, diretora-executiva da Associação Americana de Pirotecnia, tudo se resume à construção das conchas aéreas. Conchas aéreas são invólucros cilíndricos repletos de “estrelas” – pequenas pastilhas combustíveis que compõem os pontos de fogos de artifício – que, quando inflamadas, impulsionam para o ar e, em seguida, se abrem.
Se você inserir um pedaço de papelão nessas conchas e, em seguida, organizar as estrelas em um padrão, o papelão força as estrelas a explodir nesse padrão. As estrelas são muitas vezes coladas ao papelão.
Ao acender conchas aéreas padronizadas, os pirotécnicos normalmente acendem mais de uma de uma só vez, pois não podem controlar a orientação de qualquer uma delas no momento do estouro.
Se o papelão acontece de se inclinar ao longo da linha de visão da multidão, por exemplo, as pessoas só verão uma linha de estrelas explodindo, ao invés de ver o arranjo programado para elas. Se acender várias de uma vez, no entanto, pelo menos uma delas deverá se orientar corretamente.
Nenhuma pessoa é reconhecida como a inventora oficial das conchas padronizadas; elas podem ter sido desenvolvidas por muitos engenheiros em conjunto, em uma empresa de pirotecnia, possivelmente na China, que é a maior produtora e exportadora de fogos de artifício do mundo.
Nos EUA, as conchas padronizadas foram utilizadas pela primeira vez no início de 1990 em Washington, para saudar tropas americanas em sua chegada a casa. Os padrões usados foram corações roxos e arcos amarelos.[Life’sLittleMyseries]