Como prevenir a morte prematura de um filho jovem ou adolescente

Por , em 6.05.2013

Segundo uma nova pesquisa da Universidade Duke, cerca de 57% das mortes entre adolescentes e jovens adultos nos EUA são atribuíveis a más decisões pessoais e poderiam ser evitadas.

De acordo com dados a partir de 2005 do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano, as principais causas de mortes evitáveis entre pessoas de 15 a 24 anos incluem acidentes de trânsito, homicídio e suicídio, uso de drogas ilícitas, acidentes (como afogamento) e doenças sexualmente transmissíveis. A maioria dos riscos são maiores para os homens do que para as mulheres.

A análise

Os cientistas realizaram uma análise aprofundada dos dados do CDC para discernir quais, entre as causas identificadas de morte entre adolescentes e adultos jovens, podiam ser atribuídas a escolhas pessoais evitáveis.

Eles cruzaram esses dados com outras informações do governo (como dados das agências de administração de trânsito sobre excesso de velocidade, intoxicação alcoólica e uso do cinto em acidentes fatais) para identificar as mortes evitáveis.

Também contaram com a distinção entre a causa médica ou biológica (como sangrar até a morte) e a causa real ou comportamental da morte (como acidente de carro fatal como resultado de dirigir alcoolizado).

Como chegaram a conclusão que as decisões pessoais de jovens de se não colocar em situações de risco eram os meios mais diretos para evitar essas mortes, os pesquisadores incentivam os pais a começar cedo o diálogo com as crianças, antes delas chegarem a adolescência, para que elas reconheçam que não estão imunes aos riscos.

Não só estar consciente dos riscos, mas saber como agir para evitá-los é crucial, segundo os pesquisadores. “Essa noção é fundamentada no conhecimento do senso comum que os pais têm muito mais influência sobre as vidas e experiências de crianças e adolescentes mais jovens do que de adolescentes e jovens adultos”, disse um dos autores do estudo, Dr. Ralph Keeney.

Agir, não apenas saber

Sendo assim, os cientistas propõem ideias de comunicação entre pais e filhos para evitar fatalidades ocorridas em situações de risco.
Estratégias para diminuir os riscos de risco de vida entre os adolescentes variam, de estimular o engajamento em atividades extracurriculares em locais seguros, a ensiná-los a sempre usar cinto de segurança e não andar com motoristas que tenham bebido.

Outras sugestões incluem acordos pré-estabelecidos entre os adolescentes de ajudar uns aos outros se violência ou outras ameaças surgirem em reuniões sociais, ou com os pais concordando com antecedência de buscar seus filhos em eventos a qualquer hora, se eles se sentirem em risco.

“A criança deve entender que são as decisões que evitam os riscos, e não simplesmente o conhecimento desses riscos”, explica Keeney.
Esta distinção é importante, pois pesquisas recentes mostram que, embora a maioria dos adolescentes e adultos jovens conheça os perigos extremos de mandar SMS enquanto dirige, cerca de um terço continua a correr esse risco.

De acordo com os pesquisadores, se essa abordagem puder evitar mesmo uma pequena proporção dessas mortes, já seria um passo importante e valioso para proteger os jovens. [MedicalXpress]

1 comentário

  • grasisuperstar:

    PRIMEIRA PROVIDÊNCIA: DE UM FIM NA MOTO DO SEU FILHO….COM CERTEZA É O QUE MAIS MATA ADOLESCENTE NA ATUALIDADE

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