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Computador é construído com células vivas

Dois químicos do Instituto Tecnológico da Califórnia desenvolveram uma espécie de computador celular com material de levedura viva. As células conseguem sinalizar a presença ou a ausência de duas drogas em seu ambiente – a teophilina e a tetraciclina (usada para fazer antibióticos) – ativando um gene que produz uma proteína fluorescente.

Os desenvolvedores do computador, Maung Nyan Win e Christina D. Smolke, programaram funções lógicas bem simples. Uma célula de levedura pode indicar quando as duas drogas estão presentes, quando apenas uma está presente e quando não há presença no ambiente à que foi exposta.

Para construírem seu computador biológico, Win e Smolke inseriram três tipos de RNA (ácido ribonucléico, informação genética) nas células de levedura: os aptâmeros, ácidos oligonuclêicos que se combinam com proteínas específicas, enzimas, chamadas de ribozimas, e seqüências transmissoras, que capacitam os aptâmeros a “ligar e desligar” as ribozimas.

Combinando esses três tipos de RNA de forma diferente, os químicos conseguiram programar funções diferentes.

É importante notar que o RNA agiu independentemente das funções normais das células, sem atrapalhar sua atividade regular.

A descoberta de Win e Smolke é uma conquista que representa um passo para o desenvolvimento de ferramentas celulares programáveis. Inventos que poderiam ajudar a descobrir tumores malignos em uma pessoa com bastante antecedência, entregar remédios específicas para determinado órgão sem prejudicar os outros e, até mesmo, ajudar na degradação de poluentes e aumentar a produção de alimentos no mundo. [Live Science]

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