Muito de extravagante já foi inventado em matéria de fontes de energia, mas você talvez ainda não tenha ouvido falar dessa: energia de Uísque. Não, não estamos dizendo que você pode encher o tanque do seu carro com o seu Red Label e sair rodando por aí. Uma refinaria da bebida, na Escócia, vai usar não o uísque em si, mas um subproduto da sua fabricação (chamado, em inglês, de pot ale, que literalmente significa “cerveja de barril”). Normalmente, o pot ale é jogado no mar através de um oleoduto, numa operação que custa 30 mil dólares por ano para a empresa.
Buscando resolver, ao mesmo tempo, problemas financeiros e ambientais, a refinaria vai passar a usar o resíduo, que é um biocombustível, para gerar energia para si mesma. Só em gastos energéticos, eles vão economizar 175 mil dólares por ano. E é uma energia limpa. Da queima do subproduto (que gera energia a partir da liberação de metano), o único resíduo que fica é a água.
A refinaria, em geral, adota uma filosofia sustentável. Os processos são quase todos artesanais, do modo que eram no século XIX. Não há aditivos químicos, 40% da cevada usada na produção é orgânica, e mesmo assim eles destilam 800.000 litros de uísque por ano.
Apesar disso, os fabricantes rejeitam o título de herois ecológicos. O dono da fábrica diz que os motivos que os levaram à mudança foram práticos e econômicos, e não ambientais. Mesmo assim, a natureza agradece. [CNN]