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Creche prejudica crianças com doença pulmonar crônica

Se você acha que colocar seu filho na creche é a melhor opção para ele, pense de novo. Um novo estudo revela que crianças com algum problema de saúde, mesmo que não muito grave, possuem risco de desenvolver complicações graves de sua doença quando estão na creche.

A pesquisa envolveu crianças com uma condição que resulta do nascimento prematuro, conhecida como doença pulmonar crônica da prematuridade (DPCP), em que as crianças têm problemas respiratórios crônicos, como tosse e chiado no peito.

Crianças com DPCP que frequentavam creches estavam quase quatro vezes mais propensas a visitar a sala de emergência durante um período de um ano do que aquelas fora da creche. Os pequenos que iam às creches também foram quase três vezes mais propensos a ter problemas de respiração pelo menos uma vez por semana e duas vezes mais propensos a precisar de medicamentos.

Isso porque crianças em creches estão expostas a mais germes do que as que ficam em casa. Os pesquisadores apontam que as infecções respiratórias resultantes – que as crianças saudáveis podem tirar de letra – são os vilões para os pequenos que sofrem da doença. Eles aconselham os profissionais de saúde a informar os pais de crianças com DPCP sobre os riscos da creche. Eles recomendam que apenas crianças com essas condições maiores de dois nos podem frequentar creche. Nessa idade, os pulmões já estão mais desenvolvidos.

“Nós pensamos que os médicos e os enfermeiros e quem cuida dessas crianças depois que eles deixam o hospital devem educar as famílias sobre o possível risco de exposição à creche de criança com doença de pulmão, especialmente durante os primeiros dois anos da vida”, afirma a pesquisadora Sharon McGrath-Morrow, especialista do pulmão no Centro Infantil Johns Hopkins, em Baltimore, Estados Unidos.

Cerca de 25% dos bebês nascidos antes de 27 semanas desenvolvem a doença, mas ela pode aparecer naqueles que nascem até a 32a semanas. Cerca de um quarto continua a ter problemas pulmonares depois de adultos.

Os pesquisadores examinaram os registros de 111 crianças de até 3 anos de idade com o problema respiratório e que nasceram, em média, na 26a semanas de gravidez. Os pais de 22 das crianças disseram que seus filhos frequentaram a creche. Destes, 37% tinham exigido uma visita ao pronto-socorro por causa dos sintomas respiratórios desde a última consulta com o médico – em comparação com 12% das crianças que não frequentavam creche. Metade das crianças na creche precisaram receber antibióticos e 39% delas, foram atendidas com corticosteróides. Enquanto isso, apenas 26% e 19% das crianças fora da creche necessitaram dessas medicações respectivamente. [Live Science]

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