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Crença em Deus pode se resumir a intuição

Para muitas pessoas, acreditar em Deus se resume a um pressentimento de que um ser bom está lá fora. Um estudo descobriu que essa intuição pode ser muito importante na determinação de quem vai à igreja todos os domingos e de quem a evita.

Pessoas que são geralmente mais intuitivas na forma de pensar e tomar decisões são mais propensas a acreditar em Deus do que aquelas que ruminam as suas escolhas, dizem os pesquisadores. As descobertas indicam que essas diferenças básicas no estilo de pensamento podem influenciar a crença religiosa.

Alguns dizem que os cientistas acreditam em Deus porque suas intuições sobre como e porque as coisas acontecem os levam a ver um propósito divino por trás dos eventos ordinários que não têm óbvias causas humanas. Isso os levou a perguntar se a força das crenças de um indivíduo é influenciada por quanto ele confia em sua intuição natural ou pelo quanto para para refletir sobre seus primeiros instintos.

Os pesquisadores investigaram essa questão em uma série de estudos. No primeiro, 882 adultos norte-americanos responderam pesquisas online sobre suas crenças em Deus. Em seguida, os participantes passaram por um teste de matemática com três perguntas como: “Um taco e uma bola custam R$ 1,10 no total. O taco custa R$ 1 a mais que bola. Quanto custa a bola?”

A resposta intuitiva para essa pergunta é 10 centavos, já que a maioria das pessoas num primeiro impulso tiram R$ 1 do total. Mas as pessoas que usam o raciocínio “reflexivo” para questionar o seu primeiro impulso são mais prováveis de obter a resposta correta: 5 centavos.

As pessoas que usaram sua intuição no teste de matemática foram quase duas vezes mais propensas a acreditar em Deus do que aquelas que acertaram todas as respostas. Os resultados se mantiveram mesmo quando foram levados em conta fatores como educação e a renda.

Em um segundo estudo, 373 participantes foram instruídos a escrever um parágrafo sobre qualquer sucesso obtido pela sua intuição ou pela sua forma racional de encontrar soluções. Aqueles que escreveram sobre a experiência intuitiva eram mais propensos a dizer que eles estavam convencidos da existência de Deus após o experimento, sugerindo que o pensamento intuitivo impulsiona a crença.

Os pesquisadores planejam investigar como os genes e o ensino influenciam na forma de pensar, mas eles ressaltam que nem a intuição é melhor que a reflexão, nem o contrário.

Para eles, tanto intuição quanto reflexão são importantes e é interessante achar um equilíbrio entre os dois. E aí, o que a sua intuição te diz? [LiveScience]

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