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Crença no inferno reduz comportamento criminoso?

A maior parte das religiões que são fundamentadas na crença em Deus pregam regras bem específicas para seus seguidores. Matar e roubar, por exemplo, são pecados que podem levar alguém direto para o inferno. Ou será que não? Depende de como Deus é visto em cada religião (e por cada pessoa) especificamente.

Uma nova pesquisa norte-americana aponta que em sociedades nas quais as pessoas acreditam em um Deus punitivo – que não pensa duas vezes antes de mandar alguém para o inferno – as taxas de criminalidade são menores. Já nas regiões em que a população acredita em um Deus misericordioso e que perdoa os pecados na Terra, as taxas de criminalidade são mais elevadas.

Resumindo, quem acha que o céu é para poucos escolhidos tem mais receio em cometer crimes e acabar ardendo no mármore do inferno pelo resto da eternidade. Pessoas que acreditam em um Deus que vai as perdoar tendem a cometer crimes com mais facilidade.

O estudo, realizado pela Universidade de Oregon (EUA), foi liderado pelo professor Azim Shariff, que fez parte de uma pesquisa em 2011 que mostrou que existe uma relação estreita entre crença religiosa e honestidade. No estudo realizado no ano passado, intitulado Different Views of God Predict Cheating Behavior (Deuses maus geram pessoas boas: diferentes visões sobre Deus ajudam a prever comportamento e trapaças), os pesquisadores mostraram que estudantes universitários que creem em um Deus punitivo tendem a trapacear menos e a serem mais honestos por medo do inferno.

A nova pesquisa que mostra a relação entre a crença em um Deus punitivo e criminalidade foi feita a partir de dados de 143.197 pessoas de 67 países, coletados por 26 anos. O estudo revela que não é relevante estudar apenas quantas pessoas acreditam ou não em Deus, mas de que forma é essa crença. Os pesquisadores ressaltam, entretanto, que embora os dados e comparação entre crença em Deus e criminalidade sejam precisos, é preciso ter calma antes de tomar conclusões. [ScienceDaily/CaML/PlosOne/Portal Última Hora/Foto]

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