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Criadores de abelhas dos EUA perderam 44% de suas colônias em 2015

As abelhas e outros insetos polinizadores desempenham papel fundamental na agropecuária mundial. Se eles desaparecerem, enfrentaremos problemas graves na produção de alimento. Esta preocupação não é nova, mas os números observados por produtores de mel nos EUA mostram que a ameaça é real e já é possível ver suas consequências.

O último relatório dos criadores de abelhas dos EUA mostra que entre abril de 2015 e abril de 2016, 44% das colônias morreram. O pior de tudo isso é que um grande número dessa perda aconteceu no verão, quando as colônias devem encontrar alimento farto e se expandir. Mas nos meses de junho, julho, agosto e setembro aconteceu uma redução de 28,1%, similar aos meses de inverno.

“Estamos agora no segundo ano de grande perda de abelhas nos meses do verão. A perda no inverno é normal e esperada. Mas o fato de que criadores estão perdendo suas abelhas no verão, quando elas deveriam estar saudáveis, é muito preocupante”, afirmou Denis Van Engelsdorp, diretor do instituto que realiza a pesquisa relacionada aos criadores de abelha.

Dificuldade de navegação

Não são apenas as abelhas que estão morrendo. Outros polinizadores importantes também estão desaparecendo. Essa queda preocupante causa discussão sobre controle dos pesticidas que contêm neonicotinóides, que podem ser os responsáveis, de acordo com alguns estudos, por dificultar a navegação desses insetos.

Essa dificuldade faz com que as abelhas tenham problemas para retornar para sua colmeia. Sem voltar para casa, elas acabam morrendo.

Sumiço também no Brasil

Em 2013 a região Nordeste do Brasil sofreu com abandono das colmeias, que chegou a 60%. O país caiu cinco colocações em exportação de mel. Essa perda dos insetos aconteceu por falta de chuva combinada com bactérias e uso de agrotóxicos. [IFLScience, DW]

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