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Criados novos medicamentos contra a obesidade – mas eles são a melhor opção?

Temos uma notícia boa e uma ruim para quem luta diariamente contra a balança. A boa é que estão em fase avançada de desenvolvimento três novos medicamentos que devem ser novas armas no combate à obesidade. A má notícia é que, como todo remédio em fase final de testes, tem chance de ser perigoso. E medicamentos contra obesidade têm um histórico tristemente notório nesse sentido. O nome das três novas feras: Qnexa, Lorcaserin e Contrave. O carro, chefe, segundo os médicos, é o Qnexa, sobre o qual já se tem um pouco mais de conhecimento da eficácia e dos efeitos.

Para começar, dizemos o seguinte: esse medicamento é para obesos mesmo! Se você está apenas naquele grupo que queria ser um pouco mais magro só pela aparência, para sair bem na foto da praia ou entrar naquele biquíni, nada de apelar para esses remédios. E isso significa ter um IMC maior que 30 (explicações sobre o IMC). Eles foram desenvolvidos para combater um grave problema de saúde e assim devem permanecer.
Vejamos o caso do Qnexa: é um remédio que deve ser tomado uma vez por dia, e usa um mecanismo baseado em duas ações: suprimir o apetite imediatamente após a ingestão da pílula e dar uma sensação de bem estar.

A composição do medicamento é feita basicamente de dois componentes químicos, cada um responsável por uma dessas funções. Tomado altas doses do remédio, pacientes chegaram a perder mais de 10% da massa corporal.

A parte ruim sobre o Qnexa é que um de seus componentes (fentermina) tem em sua fórmula uma substância que foi retirada do mercado em 1997 porque estava relacionada com problemas cardíacos. Devido ao baixo nível desse composto no Qnexa, ele foi permitido, mas os médicos dizem que ainda não se pode ignorar o risco que o medicamento representa ao coração.

A segunda novidade, o Lorcaserin, usa um método já aplicado em outros medicamentos: estimula os receptores do hormônio serotonina no cérebro, o que ajuda na manutenção do peso perdido, por combater disfunções alimentares. Ele está à frente dos seus antecessores por um detalhe: atinge exclusivamente o receptor da serotonina, sem influir nos outros. Os medicamentos anteriores acabavam desregulando outras atividades hormonais, o que também é uma ameaça potencial ao coração.

O Contrave, por fim, tem em sua composição uma substância usada em medicamentos para acabar com o vício em tabaco. Ele trabalha, grosso modo, com o mesmo princípio: interromper um comportamento compulsivo, que no caso dos obesos é comer. Ele também não apresenta, segundo os pesquisadores, nenhum efeito colateral grave.

Apesar disso, os médicos recomendam que se pense duas vezes antes de tomar qualquer um desses remédios. Uma dieta saudável e natural, combinada com disciplina nas refeições e exercícios regulares, ainda são uma alternativa melhor do que um comprimido. [CNN]

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