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Criatura primitiva da qual descendemos tinha sexto sentido

Quase todos os vertebrados, incluindo o ser humano, descendem de um animal que viveu há cerca de 500 milhões de anos. Sobre esse ser ancestral, sabe-se que provavelmente vivia na água, que se parecia com um peixe em muitos aspectos, e tinha ótima visão periférica para caçar suas presas. Agora, cientistas da Universidade de Cambridge (Inglaterra) conferem mais um atributo ao animal: ele tinha um sensor eletromagnético.

Resquícios dessa habilidade, no nosso ancestral comum, ainda são observados em animais atuais. Este ser seria semelhante ao peixe Polyodon spathula, que ainda existe e habita águas dos Estados Unidos. Peixes e alguns anfíbios, hoje em dia, possuem um mecanismo sensorial que detecta alterações magnéticas e elétricas no ambiente. Isso é útil não apenas para caçar, como também para evitar predadores, sentir movimentos e se comunicar.

De acordo com os pesquisadores, já existia uma linha sensorial primitiva ao longo do corpo do primeiro vertebrado. Ao longo dos milhões de anos, ela foi evoluindo e se modificando até chegar aos complexos sistemas de interação com o ambiente que observamos nos peixes hoje.

Mas a base da estrutura permanece praticamente a mesma: uma falange de células ciliares (semelhantes às que compõem o cabelo humano) que desempenha a função de comunicar alterações externas ao corpo. A maneira como esse sexto sentido foi sendo adaptado, ao longo do tempo e das mudanças físicas nas espécies, é justamente o que agora move os pesquisadores em busca de respostas mais concretas. [POPSCI]

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