O que os ambientalistas mais temiam aconteceu – a lama tóxica que vazou de uma fábrica de alumínio, na Hungria, chegou a um afluente do Rio Danúbio, um dos mais importantes rios da Europa. Agora o medo é que, através do rio, a lama alcance outros países.
Segundo os especialistas que monitoram a situação da Hungria, os níveis alcalinos que já mataram peixes de outros rios menores diminuíram, mas o contato da lama com o Danúbio não deixa de ser preocupante, já que o equilíbrio ambiental pode ser seriamente comprometido, mesmo que não mate diretamente os peixes. Até agora nenhum animal morto por intoxicação foi encontrado nas águas do Danúbio.
Os países que o Danúbio corta, depois de sair da Hungria – Croácia, Sérvia e Romênia – já estão pensando em medidas emergenciais. A idéia é impedir que o que aconteça com o rio Marcal, um dos afluentes do Danúbio, aconteça com o rio inteiro. De acordo com o governo húngaro toda a vida do Marcal foi, simplesmente, extinta.
O Primeiro Ministro da Hungria, Victor Orban, visitou algumas das vilas mais afetadas, incluindo Kolontar, o lugar mais prejudicado, e afirmou que parte dessas áreas terá de ser abandonada.
Segundo Orban, a Hungria é “forte o suficiente” para lidar com o desastre, mas o país irá apreciar a ajuda de especialistas estrangeiros que ofereçam seu conhecimento para lutar contra os efeitos da poluição. [BBC]