Salamandra (Bolitoglossa taylori) potencialmente nova para a ciência, descoberta na Colômbia.
Pesquisadores anunciaram a descoberta de 10 espécies de anfíbios que, acredita-se, eram desconhecidas do mundo científico até então. Entre as “novidades” estão uma rã espinhenta com pernas laranjas, três sapos venenosos e um sapo “de vidro” – chamado assim pela pele transparente, que permite que todos seus órgãos internos sejam vistos.
As descobertas aconteceram durante uma expedição por áreas montanhosas da Colômbia, próximas ao canal do Panamá. Durante três semanas, os cientistas identificaram 60 tipos de anfíbios, 20 espécies de répteis e 120 tipos de pássaro – muitos desses animais só se encontram naquela determinada região.
Sapo venenoso do gênero Colostethus
Cientistas consideram os anfíbios um importante indicador de um ecossistema saudável. Como sua pele é porosa e altamente absorvente, um baixo número de anfíbios pode alertar para más condições, como chuva ácida e contaminação por metais pesados, que também fazem mal às pessoas. Indicam, também, variações climáticas, já que precisam de um ambiente úmido para sobreviver. Além disso, como se alimentam de insetos, os anfíbios ajudam a controlar o número de contaminações de dengue, malária e outras doenças espalhadas por sua presa.
Centrolenidae ou ‘sapo de vidro’, que tem a característica de seus corpos serem um pouco translúcidos.
A Colômbia é dona de uma das mais variadas comunidades de anfíbios do mundo, com 754 espécies catalogadas no momento. De acordo com o diretor científico da Conservacion Internacional Colômbia, Jose Vicente Rodriguez-Mahecha, a região em que os anfíbios foram descobertos representa uma verdadeira Arca de Noé. “O número tão alto de anfíbios encontrados lá é um sinal de esperança, mesmo com as ameaças que esse tipo de animal enfrenta em outros países e ao redor do mundo” afirma Rodriguez-Mahecha. [Scientific Blogging]