Até que se comprove o contrário, agora é certo: há aproximadamente 42 mil anos os primeiros hominídeos já se sentavam ao redor de uma boa fogueira, tocavam flautas – feitas de ossos – e cantavam.
Isso é o que indica a mais nova datação por radiocarbono de uma antiga flauta encontrada na caverna Geissenklösterle, no vale de montanhas de Jura, ao sudeste da Alemanha.
O feito é de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da Universidade de Tübingen, na Alemanha, que publicaram o estudo no periódico especializado Journal of Human Evolution.
Agora, flautistas do mundo todo podem ter ainda mais orgulho de seus instrumentos, pois, por enquanto, a flauta é considerada o primeiro instrumento inventado pelo homem.
A história se autodescobre
Até alguns anos atrás, os objetos mais antigos encontrados eram três pequenas peças de marfim, com idade estimada em 33 mil anos. Tratava-se de uma cabeça de cavalo, um pássaro e um homem com cabeça de leão.
Elas também tinham sido encontradas no sudoeste da Alemanha e também pertenciam à cultura aurignaciana, uma cultura arqueológica do Paleolítico Superior, localizada na Europa e no Sudoeste Asiático.
A consequência mais direta da descoberta é que o resultado da nova datação vem a confirmar a hipótese que postula que o rio Danúbio – o segundo maior rio do continente europeu, depois do Volga, com quase 3 mil quilômetros – serviu de corredor para o povoamento da Europa Central e do extremo sul da Europa. [LiveScience, ScienceDaily, BBC, MSNBC, Galileu, Britannica, Foto]