Algumas das maiores descobertas humanas ocorreram por acidente. Se não fosse por muitas destas coisas a vida seria bem diferente para nós ou, ao menos, não tão gostosa. Apesar de dizermos que os ítens que seguem foram descobertos por acidente elas nunca ocorreriam se não fosse o poder da observação e capacidade de trabalho humano.
De acordo com a Nestlé, um restaurante chamado Toll House Inn, nos EUA, estava fazendo biscoitos de chocolate, mas ficaram sem o chocolate de confeiteiro, portanto este foi substituído por lascas de chocolate comum meio-amargo, pensando que ele iria derreter e misturar-se à massa. Obviamente isto não ocorreu e os biscoitos com gotas de chocolate nasceram. A proprietária do restaurante vendeu a receita para a Nestlé em troca de um suprimento vitalício de lascas de chocolate (ao invés de patentear a invenção e ganhar milhões).
O picolé foi inventado por uma criança de onze anos que guardou o segredo para si durante 18 anos. O inventor foi Frank Epperson que, em 1905, deixou uma mistura de suco em pó diluído em água na sua varanda com um palito de misturar bebidas dentro. Naquela noite a temperatura em São Francisco (EUA) bateu um recorde gélido. Quando ele acordou, na manhã seguinte, descobriu que o suco tinha congelado junto com a vareta, que havia ficado presa, criando gelo sabor de frutas que ele chamou de “epsicle”. Dezoito anos, em 1922, ele patenteou a invenção e chamou-a de popsicle (ice lollipop) ou “pirulito congelado”, ou seja, picolé.
Assim como muitos adoçantes, os adoçantes feitos de ciclamato foram descobertos por acidente. Michael Sveda estava trabalhando no laboratório para sintetizar medicamentos contra febre. Ele encostou o cigarro na bancada do laboratório e quando colocou-o novamente na boca sentiu o sabor doce do ciclamato.
James M. Schlatter, em 1965, estava tentando produzir uma droga contra a úlcera quando decidiu lamber seu dedo que havia se contaminado com uma das substâncias que estava trabalhando. Assim foi descoberto o aspartame que adoça 160 vezes mais do que o açúcar comum.
A sacarina, o mais antigo adoçante artificial, começou a ser produzido em 1878 por Constantin Fahlberg, um químico que trabalhava com derivados de alcatrão de carvão na Universidade Johns Hopkins, e descobriu acidentalmente sua intensa natureza doce.
Milhões de homens ao redor do globo devem tributo a esta descoberta feita por pesquisadores que, em 1992, trabalharam duro testando uma nova droga para tratar angina que mostrou firme evidência de que era, em realidade, um inesperado e poderoso ampliador da capacidade sexual masculina.
Esta descoberta estaria em posição muito melhor nesta lista se não fosse responsável por 90% do spam que recebo todo dia.
Roy Plunkett, em 1938, estava tentando criar um novo refrigerante com perfluoretileno polimerizado pressurizado em um recipiente. Nesta reação química original o ferro agiu como catalisador. Em 1954 o engenheiro francês Marc Grégoire criou a primeira panela revestida com resina de Teflon antiaderente com o nome de Tefal, depois que sua esposa encorajou-o a testar nas suas panelas o material que ele estava usando em molinetes de pesca. O teflon é inerte a praticamente todos os elementos químicos e é considerado o material mais escorregadio que existe.
Projéteis revestidos de Teflon atingem maior velocidade pela diminuição do atrito com o ar e atravessam coletes à prova de balas com mais facilidade do que projéteis comuns.
Robert Koch tentou insistentemente identificar a bactéria que causava tuberculose. Ele desconfiava que o patógeno se manifestasse no catarro dos pacientes, porém não conseguia identificá-lo no microscópio. Em 1882 ele estava na cozinha de sua casa com uma de suas lâminas com uma lâmina de amostra de catarro contaminado com tuberculose nas suas mãos. Ele acidentalmente encostou a lâmina no fogão de ferro quente para comer alguma coisa. Mais tarde, quando foi olhar a lâmina, ele conseguiu ver claramente os bacilos patogênicos no seu microscópio. Robert é considerado um dos pais da microbiologia e descobriu que, para a identificação de algumas bactérias, é necessário que elas sejam submetidas ao calor primeiramente. Ele ganhou um prêmio Nobel pela sua descoberta.
Percy LeBaron Spencer estava andando em frente a um radar quando percebeu que a barra de chocolate que estava em seu bolso derreteu. Vendo que ele poderia estar diante de um novo produto muito quente ele colocou uma pequena tigela de pipoca na frente do radar e rapidamente elas estouraram por todo lado. Hoje dezenas de milhões de preguiçosos podem cozinhar rapidamente, graças a Percy.
O LSD foi sintetizado primeiramente em 16 de novembro de 1938 pelo químico suíço Albert Hofmann em uma tentativa de descobrir substâncias derivadas de alcalóides para uso médico. Suas propriedades psicodélicas só foram descobertas por Albert cinco anos depois quando ele agiu por causa de um “pressentimento peculiar” e voltou a trabalhar com o composto. Quando ele estava sintetizando a substância LSD-25 para realizar mais estudos, em 16 de a abril de 1943, ele ficou tonto e foi forçado a parar de trabalhar. Em suas anotações consta que, depois da tontura, ele foi para casa e foi afetado por uma “incrível inquietação, combinada com uma leve tontura”. Ele relatou que, deitado em sua cama, ele entrou em uma “condição intoxicada” nada desagradável caracterizada por uma imaginação extremamente estimulada. Ele disse que estava em um estado similar aos sonhos e que, mesmo com os olhos fechados, podia ver correntes ininterruptas de “imagens fantásticas, com formas extraordinárias com cores que se moviam de maneira caleidoscópica”. A condição durou cerca de duas horas.
Apesar do LSD ser uma substância proibida na maior parte do mundo ela possui várias aplicações médicas e, paradoxalmente, taxas particularmente altas de sucesso no tratamento de dependentes químicos.
Em 1928 o cientista escocês Alexander Fleming estava estudando o estafilococo, uma bactéria que causa infecção no aparelho digestivo. Um dia ele chegou ao trabalho e percebeu que um experimento estava contaminado com mofo. Pouco antes de descartar todas as amostras, ele percebeu que o mofo verde estava inibindo o desenvolvimento da bactéria. Ele então fez uma cultura do mofo e descobriu que era o mofo penicilina. Depois de mais experimentos ele estava convencido de que a penicilina não poderia durar tempo suficiente no organismo humano para matar a bactéria patogênica e parou de estudar o fungo em 1931. Em 1934 ele retomou alguns testes clínicos e continuou a buscar alguma maneira de purificação até 1940. O desenvolvimento da penicilina para uso médico foi atribuído ao australiano ganhador do prêmio Nobel Howard Walter Florey que dividiu o prêmio com Alexander e Ernst Boris Chain. [Fontes: 1 2]