Por mais nojento que possa parecer, os excrementos humanos têm alguma utilidade. Arqueólogos descobriram a dieta dos romanos que viveram há 2.000 anos apenas estudando o que eles deixaram para trás em seus esgotos.
A jornada para o passado levou o time para um esgoto abaixo da antiga cidade de Herculano. Juntamente com a vizinha Pompéia, o local foi um dos assentamentos enterrados pela explosão vulcânica do Vesúvio, no ano 79 d.C.
Em um túnel de 86 metros de comprimento, os cientistas desenterraram o maior depósito de excrementos humanos já encontrado no mundo romano. 750 sacos de excremento foram retirados de lá, contendo uma riqueza de informações.
Uma equipe de peritos foi capaz de estudar o que as pessoas comiam, quais doenças tinham, e o que tipo de trabalho que faziam, combinando o material das construções, como lojas e casas.
Essa visão sem precedentes sobre a dieta e a saúde dos antigos romanos mostrou que eles comiam muitos legumes. Uma amostra também continha uma alta contagem de células brancas sanguíneas, indicando a presença de uma infecção bacteriana.
O esgoto também ofereceu peças de cerâmica, uma lâmpada, 60 moedas, colares e até mesmo um anel de ouro com uma pedra decorativa.[BBC]