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Dinossauro com garras “desenhadas para ferir” é descoberto

De tempos em tempos, paleontólogos investigam fósseis de dinossauros com marcas de acontecimentos em vida. Não faltam exemplos, em alguns dinossauros, de evidências de ferimentos graves, aparentemente sofridos devido à agressão de outro réptil. Cientistas canadenses descobriram uma forte razão para danos tão grandes: um dinossauro com garras especialmente confeccionadas para machucar.

Dinossauro com garras

Esse novo agressor do mundo Jurássico, que foi achado no interior do estado de Utah (EUA), já recebeu nome: Talos sampsoni. Esse nome, por si próprio, não sugere nenhuma característica agressiva. Foi dado em homenagem a Talos, um personagem mitológico da Grécia (que é feito de bronze e corre em uma velocidade fantástica até sucumbir a uma dor no tornozelo), e a Scott Sampson, um famoso paleontólogo que aparece em um programa de TV americano sobre o assunto.

Mas é a função de ataque o diferencial desse réptil, parente do Velociraptor e que viveu há 75 milhões de anos. Não era um grande dinossauro, pois não passava de dois metros de comprimento e 38 quilos. Ele tem três dedos em cada pé, sedo o do meio mais comprido que os outros dois. A grande surpresa dos cientistas foi encontrar uma lesão – algo incomum nessa parte do corpo – no dedo maior, do meio. Os traços sugerem que a lesão na garra foi devido a um ataque, possivelmente não muito bem sucedido.

A garra, que aparece em forma de canivete, não era um auxílio para o dinossauro andar ou fazer qualquer atividade exceto causar dor a um predador ou inimigo. Isso dá, aos cientistas, pistas mais avançadas sobre como os dinossauros podiam ter certas partes do corpo especificamente adaptadas para um fim. E o futuro promete: na área onde encontraram o Talos sampsoni, mais de 15 fósseis já foram descobertos, e já há previsão de novas escavações. [LiveScience]

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