Um novo estudo aponta que dirigir um conversível pode ter um lado negativo (por incrível que pareça): pode lhe expor demais a ruídos, que por longos períodos de tempo, causam danos à audição.
A exposição ao ruído acima de 85 decibéis por períodos prolongados é geralmente considerada como lesão auditiva. Níveis tão altos quanto 100 decibéis foram registrados em velocidades de 120 km/h.
A superfície da estrada, o tráfego e o ruído do vento contribuem para a cacofonia. Picos de ruído, causados pela passagem de carros, caminhões e motos, pioram a situação.
Os pesquisadores realizaram testes em cinco carros, incluindo um Porsche, Saab, Nissan e Ford, e registraram níveis de ruído nas velocidades de aproximadamente 90 km/h e 120 km/h.
Eles descobriram que, nos níveis inferiores, a velocidade do som regularmente ultrapassava 88 dB, o equivalente a uma passagem de trem a diesel ou um canteiro de obras. Na velocidade mais elevada, o ruído poderia ser o equivalente a um avião a jato passando sob sua cabeça ou uma discoteca. O motorista também fica exposto a picos de ruídos, por exemplo, ao dirigir ao lado de uma moto ou caminhão.
O estudo foi realizado utilizando um medidor de nível sonoro operado pelo passageiro de cada carro testado. O passageiro fez uma série de 8 a 10 medições de nível sonoro em vários pontos do percurso, a partir da posição da orelha esquerda do condutor, em várias velocidades.
Durante toda a coleta de dados, o rádio e o ar condicionado estavam desligados, não houve conversa entre os ocupantes, a buzina não foi utilizada e não houve chuva ou outras intempéries. Tudo isso poderia piorar a exposição a ruídos.
Nenhum nível de ruído excessivo foi registrado de carros com a parte superior fechada, o que significa que não há risco mínimo de exposição ao ruído excessivo ao dirigir com a capota conversível fechada.
Porém, quando os automóveis conversíveis foram conduzidos com o topo aberto, altos níveis de ruído foram sistematicamente registrados. Dirigir curtas distâncias com tais níveis de exposição a ruídos pouco provavelmente causará perda auditiva induzida.
Já a condução a altas velocidades por longos períodos de tempo com a capota conversível aberta aumenta o risco de danos auditivos ao motorista. Os pesquisadores recomendam que os motoristas conduzam com a capota fechada quando forem viajar por longos períodos de tempo a velocidades superiores a 85,3 km/h. [Telegraph]