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Drones: Google pretende usá-los para oferecer conexão de internet

A gente sabe, e relembra quase todos os dias, como a conexão de internet é problemática no Brasil. Se nos grandes centros o serviço não funciona como deveria, a situação em outros cantos dos interiores do nosso imenso território é ainda pior. Mas, se serve de consolo, não somos os únicos no mundo com esse problema. E, se serve de mais consolo ainda, o problema pode ser solucionado.

O Google está trabalhando em uma solução absolutamente incrível que pode mudar a vida de vários usuários (e da própria companhia também). A gigante de tecnologia fechou negócio com uma empresa chamada Titan Aerospace, uma fabricante de drones de Minnesota, nos Estados Unidos, adquirindo uma dessas aeronaves por uma quantia não revelada. A ideia é usar esse veículo aéreo não tripulado para levar conexão de internet estável até as regiões mais remotas do planeta.

Obviamente, essa ação tem objetivos comerciais para o Google, que começam com um número maior de pessoas conectadas e, consequentemente, utilizando seus serviços. Mas, socialmente falando, o impacto da democratização do acesso à internet é praticamente incalculável (e provavelmente tão alto quando o valor pago por essa tecnologia).

Mas espera: o que é mesmo o drones?

Como nós falamos, é uma espécie de veículo aéreo não tripulado. Ou seja: a pessoa que comanda ele fica em terra. É como se fosse um avião de controle remoto super(muito mesmo)avançado. Eles foram inventados para fazer missões perigosas sem colocar a vida de um ser humano em risco. Ou ir a lugares que a gente simplesmente não consegue ir, por limitações anatômicas.

De acordo com um dos comunicados que a Google fez à imprensa internacional, “a nave da Titan e o Google compartilham um profundo otimismo a respeito do potencial da tecnologia para melhorar o mundo. Ainda é cedo, mas os satélites atmosféricos poderiam ajudar a levar o acesso à internet para milhões de pessoas, ajudando a resolver outros problemas (como resgates e luta contra danos ambientais, como desmatamento florestal)”.

O Facebook também está mexendo seus pauzinhos para não ficar de fora dessa novidade, só olhando e babando.

No mês passado, a rede social mais usada do mundo estava em negociação com a Titan para adquirir seu drone pela bagatela de 60 milhões de dólares (algo em torno de 132 milhões de reais), segundo o website TechCrunch. No entanto, pouco tempo depois, resolveram comprar da Ascenta, uma fabricante de drones com sede no Reino Unido que tem desenvolvido aeronaves movidas à energia solar. De acordo com o jornal Wall Street, o Google ofereceu uma quantia para cobrir a proposta do Facebook.

O que essas empresas pretendem é fazer do drone uma nova forma de oferecer internet a regiões remotas, trazendo potenciais novos clientes para o ambiente digital. Afinal, a escalada para conquistar mais público é cada vez mais íngreme, tanto para uma quanto para outra. E os drones aéreos oferecem um leque de oportunidades que vai além de aumentar o alcance da internet (também inclui monitoramento industrial, pesquisa científica, mapeamento, comunicação e assistência a desastres naturais etc).

A Google começou a experimentar a retransmissão de internet pelo ar no ano passado, com o Projeto Loon – um esforço para lançar grandes balões que transportam roteadores de internet sem fio para a atmosfera com o objetivo de fornecer conectividade para áreas remotas e carentes do nosso planeta. No início deste mês, a companhia disse que um de seus balões tinha dado a volta ao mundo em 22 dias.

A Google pode usar seu drone para trabalhar em conjunto com esse Projeto Loon ou com o Makani, outra tecnologia adquirida pela empresa para fazer turbinas eólicas no ar. [Information Week]

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