Paulo Coelho, o escritor brasileiro de Best Sellers que mais vende no mundo disse na Feira de Livros de Frankfurt que a distribuição de livros digitais grátis pode impulsionar, ao invés de ferir as vendas de livros tradicionais.
O autor de “O alquimista” e “Onze minutos” disse que as editoras devem explorar as oportunidades que a internet oferece ao invés de vê-la como inimiga.
A venda de livros na internet é o avanço mais importante no mundo editorial dos últimos 60 anos, de acordo com uma pesquisa feita pelos organizadores da maior feira de livros do mundo. Dos mil profissionais entrevistados (de mais de 30 países) um terço disse que os livros digitais nunca irão superar os livros tradicionais em vendas, contra 40% que disseram que isso ocorrerá até 2018.
E-BOOK GRÁTIS
Paulo Coelho tem distribuído versões digitais de seus livros grátis na internet nos últimos anos, uma estratégia que ele disse que aumentou as suas vendas na Rússia, ao menos.
“Eles lêem algumas páginas e pensam, ‘meu Deus, é muito mais fácil comprar o livro do que lê-lo na tela”, então eles saem e compram o livro”, ele disse em uma coletiva de imprensa.
Paulo Coelho afirmou que seu propósito era alcançar o máximo número de leitores pelo mundo, participando na democratização de idéias iniciada por Gutenberg no século 15 com a invenção da tecnologia de impressão, que foi levada para um outro nível pela internet, e para isso pensou que deveria distribuir livros gratuitos na internet.
“A internet está impondo uma nova forma de compartilhar idéias e desafiando antigos modelos econômicos.” E o livro gratuito no formato digital terá um importante papel nesse trajeto.
A maior preocupação das editoras é com a questão dos direitos autorais. Assim como a indústria da música foi obrigada a tomar ações legais contra o compartilhamento de músicas irrefreado na internet, fechando o Napster na virada do século, as editoras pensam que é necessária maior regulamentação de direitos de propriedade intelectual na internet.
Segundo eles a o e-book é uma grande chance ara o mercado editorial o problema é que a regulamentação e modelos de negócios geralmente andam na retaguarda dos desenvolvimentos técnicos.
O equivalente literário do iPod, equipamentos para a leitura de livros eletrônicos, ou e-readers, será um tópico importante na Feira, pois suas vendas crescem rapidamente. [Reuters]