Apesar de voar ser uma das maneiras mais seguras de viajar (as estradas matam bem mais gente), às vezes as coisas dão errado – muito errado. Veja a seguir exemplos de pilotos que conseguiram evitar mega acidentes:
Este vôo estava indo de Londres para a Espanha e, pouco antes dos comissários saírem com seus carrinhos para entregar o lanchinho para os passageiros, o para-brisas do avião explodiu. Se você está se perguntando o que houve com o piloto, aí vai uma reconstituição:
O piloto Tim Lancaster quase foi sugado para fora do avião. Ele só não saiu voando porque foi segurado, pelo cinto, por um comissário. O co-piloto Alastair Atchison assumiu o comando. A repentina descompressão também arrancou a porta da cabine dos pilotos e bloqueou o regulador de pressão. Atchinson ainda tentou pedir ajuda pelo rádio, mas não conseguia ouvir a resposta por causa do caos a sua volta. Foram longos minutos de desespero antes que conseguissem a permissão emergencial de pouso. E, nesse período, o piloto continuou do lado de fora, sendo esmagado contra a estrutura do avião, sofrendo com baixíssimas temperaturas e perdendo a consciência por causa do ar rarefeito. Eles pousaram 35 minutos depois da explosão.
Contudo, Lancaster não só sobreviveu como teve apenas algumas fraturas nos ossos e queimaduras de frio. Outro ferido foi o comissário que o segurou, que também sofreu queimaduras.
Em 1982, o voo 9 da British Airways estava indo de Londres para a Nova Zelândia, já no último trecho da viagem. Tudo parecia ir bem até que as cinzas de um vulcão começaram a encher o ar. No começo os pilotos conseguiram desviar, contudo, de repente uma anomalia elétrica chamada Fogo de Santelmo surgiu contra o para-brisas. O Fogo de Santelmo consiste numa descarga eletroluminescente provocada pela ionização do ar num forte campo elétrico (provocado por descargas elétricas). Mesmo sendo chamado de fogo, é na realidade um tipo de plasma provocado por uma enorme diferença atmosférica.
Os passageiros começaram a sentir cheiro de enxofre. Em seguida, um por um, os motores foram ficando entupidos pelas cinzas vulcânicas e pararam. O piloto gritou: “Não é possível que todos pararam!”. A esta altura (!) o avião tinha 23 minutos para planar antes de atingir o oceano e toda a equipe tentava, em vão, fazer os motores funcionarem. A poucos minutos do “fim”, o capitão Eric Moody decidiu fazer um anúncio no microfone: “Senhoras e senhores, aqui é o seu piloto. Nós temos um pequeno problema. Todos os nossos motores pararam de funcionar, mas estamos fazendo nosso melhor. Espero que não tenhamos causado muita perturbação”.
O avião continuou caindo e as máscaras de oxigênio caíram sobre os passageiros. Eles teriam que fazer um pouso de emergência no meio do oceano. Então, quando todos já estavam chorando, rezando, xingando ou sabe-se lá o que, os pilotos tentaram ligar os motores mais uma vez, e eles funcionaram! Eles recuperaram altitude e já se direcionavam para o aeroporto mais próximo. Só que, de repente, deu tudo errado. De novo. Mais uma vez, os motores falharam. A visão dos pilotos estava tão embaçada pelas cinzas que eles começaram a fazer o pouso às cegas. Eles pousaram e ninguém morreu.
Um motor do avião que realizava o voo 006 entre Taiwan e Los Angeles, em 1985, já havia falhado duas vezes, mas voltado a rodar em seguida. Mesmo assim, a companhia não ligou muito e, na terceira falha, ele simplesmente não voltou. Os engenheiros tentaram consertá-lo, mas nada aconteceu. O avião entrou em piloto automático e a aeronave girou 23 graus para compensar perda do motor. Contudo, ele não parou nos 23 graus de inclinação. O piloto Min-Yuan Ho decidiu que era melhor desligar o piloto automático e a nave acabou ficando de lado, caindo rapidamente em direção ao oceano.
O avião caia e girava como uma espiral perdendo quilômetros de altitude em questão de segundos. Faltando 20 segundos para a colisão, os pilotos recuperaram o controle. Contudo, eles perceberam que não haveria combustível suficiente para chegar a Los Angeles. Eles desviaram o trajeto para São Francisco e tentaram pousar sem nem pedir autorização. Por incrível que pareça, a nave pousou apenas com um pedaço da asa quebrado e dois passageiros feridos.
O ano era 1972, o itinerário, Detroit para Buffalo, EUA. Logo após a decolagem, um barulho de colisão. Um dos seis motores havia desligado. O piloto Bryce McCormick, contudo, manteve o controle da aeronave, mesmo sem saber o que havia acontecido. Ele decidiu, então, dar meia volta e aterrisar em Detroit. De repente, na área dos passageiros, uma neblina começou a se formar e o chão da cabine começou a entrar em colapso.
Eles descobriram que alguém havia esquecido de trancar o bagageiro, e a força da decolagem havia arrancado a porta e a arremessado contra o avião, quebrando o motor. A cabine dos passageiros começou a se desfazer por causa da diferença de pressão. Os passageiros não tinham ao seu dispor as máscaras de oxigênio porque elas só cairiam se eles estivessem a mais de 5 mil metros de altitude. McCormick tentou pousar o avião que estava em alta velocidade e se desfazendo de dentro para fora. O avião pousou, mas continuou rápido demais e escorregava pela pista. Com a ajuda do atrito, o piloto conseguiu controlar a nave. O resultado foram apenas alguns feridos. Foi realmente uma questão de sorte – um acidente do mesmo tipo em Paris resultou na morte de todas as pessoas a bordo.
Infelizmente, a história deste voo não é tão feliz quanto a dos anteriores. Em 1989, o voo 232 saiu de Denver para Chicago, EUA. Depois de cerca de uma hora no ar, a pá de uma das turbinas teve uma falha e o resultado foi uma explosão que mandou estilhaços para dentro do sistema hidráulico da nave causando uma falha generalizada. O fluido hidráulico começou a vazar e os controles do avião foram ficando cada vez mais fracos. O piloto Alfred Haynes não tinha mais o controle.
A equipe conseguiu, finalmente, mandar algum combustível para desacelerar os motores, mas outro problema surgiu: o piloto não conseguia mais nivelar a nave (mesmo depois de inúmeras tentativas improvisadas). O piloto mandou um pedido emergencial de pouso em Iowa. O piloto estava tentando deixar o clima leve, conversando com as pessoas, mas ele sabia que em casos anteriores, similares a esse, ninguém havia sobrevivido.
Eles conseguiram posição de pouso e avisaram aos passageiros para que se preparassem para um impacto. A velocidade estava muito alta, portanto, o movimento não foi de pouso, mas sim de queda. Uma das asas bateu primeiro e começou a pegar fogo. O avião quicou pela pista e a traseira se separou do resto. Depois da outra asa se partir, a nave parou e as equipes de resgate correram para o local. Um terço dos passageiros morreu, a maioria não pela queda, mas pela fumaça que preencheu a cabine. Mesmo assim, os esforços do piloto William Records e o engenheiro Dudley Dvorak salvaram a vida de 200 pessoas.
O milagre aconteceu em 2009, no rio Hudson. O voo 1549 tinha saído de Nova Iorque quando atingiu um bando de gansos canadenses. Os pássaros sujaram todo o pára-brisas e entupiram dois motores. O avião começou a cair e o piloto não conseguia alcançar o aeroporto a tempo para um pouso de segurança. O capitão “Sully” Sullenburger teria que pousar em qualquer lugar e este lugar seria o rio Hudson. Não havia outra escolha.
O problema é que à frente havia um pequeno obstáculo: a ponte George Washington. Todos os controladores do avião começaram a dar sinais de uma colisão iminente. Por sorte e por pouco (cerca de 270 metros) eles conseguiram evitar a ponte e pousaram no rio. Todos sobreviveram.[Cracked]
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