Espécies raras de animais podem estar a nossa volta sem nos darmos conta. Catalogar espécies em extinção, para salvá-las, requer, em primeiro lugar, saber quantas ainda restam. No entanto, pesquisadores da Universidade de West Virgínia, perceberam que isto já não é mais suficiente, pois espécies raras podem ainda existir, mesmo que não se possa encontrá-las.
O pesquisador participante do estudo, Todd Katzner, e seu time monitoraram águias da espécie Aquila helíaca, que vivem em reservas naturais do Cazaquistão. Restam apenas alguns milhares de exemplares destes pássaros.
O número de aves que ainda se reproduz é relativamente fácil de estabelecer porque eles tendem a ficar em seus ninhos. Mas, Katzner focou seu estudo em aves novas, que ainda não começaram a procriar. Elas podem assumir o lugar dos mais velhos se algum deles morrer, estabilizando a população.
Os cientistas usaram dois métodos para estimar os números: contar as aves quando elas deixavam seus ninhos e recolher penas para análise genética. Em 2004, a análise resultante identificou 308 pássaros não reprodutores, enquanto a observação só identificou 21.
“O que você vê, nem sempre é a realidade. A maioria dos planos de conservação são centrados em volta dos ninhos e aves reprodutoras. Na verdade, existe toda uma população que não enxergamos, mas que é muito importante”, disse Katzern. [NewScientist]