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Invenção de 2.000 anos revoluciona a produção energética

A luz concentrada mil vezes rapidamente queima uma tábua de madeira. Crédito: MIT/Divulgação

Um novo tipo de coletor de energia solar concentra a luz do Sol em um único feixe que pode derreter aço. Os pesquisadores afirmam que o dispositivo poderá revolucionar a produção de energia global.

O protótipo é um espelho côncavo de 3,7m de largura, com leve armação de tubos de alumínio e tiras de espelho. Ele concentra a luz do sol 1.000 vezes para produzir vapor.

O detalhe mais curioso sobre este projeto é que ele já funcionou há mais de 2.000 anos atrás com outros propósitos: a guerra. Arquimedes teria incendiado uma frota de navios romanos com a mesma tecnologia. Mas apenas em 2005 foi provado o funcionamento de seu Raio da Morte.

Doug Wood, inventor dos EUA que patenteou a invenção, disse que é coletor de energia solar mais eficiente que existe. Partes do projeto foram assinadas por estudantes do MIT.

Para testar o protótipo na última semana, o engenheiro mecânico Spencer Ahrens colocou uma tábua de madeira no feixe concentrado e fumaça foi gerada quase instantaneamente.

É claro que seu propósito não é queimar madeira. No centro do disco há um tubo em forma de serpentina, pintado de cor preta. No seu interior corre água que é instantaneamente transformada em vapor.


Spencer Ahrens (à esquerda) e seus colegas. Esta seria a abordagem mais barata e eficiente em captação de energia solar. Crédito: MIT/Divulgação

Spencer e seus colegas iniciaram a empresa RawSolar, para produzir o coletor solar industrialmente no futuro. É possível criar grandes conjuntos de coletores que gerem vapor para uso industrial, para aquecimento ou resfriamento de edificações ou para gerar eletricidade através de turbinas movidas a vapor. Uma vez em funcionamento a economia destes conjuntos de coletores pagaria em dois anos o investimento através da energia produzida. Esse tempo poderia ser bem mais curto no Brasil devido ao alto custo da energia elétrica no nosso país.

Doug, o inventor, disse que os estudantes construíram o equipamento e melhoraram o seu projeto. Segundo ele, o projeto foi simplificado para que qualquer pessoa possa montá-lo.

“Eu tenho estudado há anos uma variedade de abordagens solares, e esta é a mais barata que já vi”, disse David Pelly, professor do MIT. “E o detalhe chave em torná-lo global é que todos os materiais são baratos e acessíveis a todo o mundo.” [Fonte]

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