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Estamos preparados para outro 11 de setembro?

Quanto acontece um ataque terrorista, um terremoto ou um tsunami, as equipes de emergência se concentram em resgatar pessoas e salvar vidas.

Porém, alguns desses locais de desastres são uma oportunidade para especialistas com habilidades um pouco diferentes que as da polícia, dos bombeiros e das organizações de ajuda.

Pesquisadores e equipes do Centro de Pesquisa de Desastres vão até os locais devastados para saber mais sobre como as vidas podem ser salvas no futuro.

Os pesquisadores tentam aprender com os desastres e descobrir como o local se reergueu, como as pessoas reagiram e como isso pode ser aplicado em um plano de gestão de emergências melhor do que o atual.

Ao longo dos anos, as pesquisas tem recomendado as melhores formas de agilizar doações e suprimentos, de retomar o cotidiano e de reabrir as pequenas empresas de forma rápida após um desastre.

Uma observação recorrente desses estudos é a bondade de estranhos.

Uma pesquisa específica do 11 de setembro fala sobre a evacuação de meio milhões de pessoas de Manhattan, Nova York, no dia dos ataques, que foi feita com um esforço espontâneo de barcos de reboque e de passeio e até por barcos-restaurantes. Esse foi um caso de pessoas comuns entrando em ação e tomando boas decisões, apesar de todo o perigo e da incerteza em torno deles.

Os pesquisadores conversaram com várias pessoas que estavam envolvidas na evacuação. Muitos deles eram marinheiros que sabiam que da terrível calamidade no World Trade Center e pensaram que os barcos poderia ser úteis de alguma forma.

A recuperação do 11 de setembro dependeu muito da compaixão entre as pessoas, que atrasaram sua própria evacuação para ajudar alguém. A multidão foi organizada e muito respeitosa, mesmo estando, obviamente, muito abalada.

Os pesquisadores viram um senso de comunidade parecido com esse entre moradores da Índia e do Sri Lanka em 2004, depois do tsunami que devastou parte da Ásia. Em uma das aldeias afetadas, existiam mais de 50 pescadores que precisavam voltar a trabalhar, mas só sobraram 7 barcos capazes de fazer viagens ao mar. Em pouco tempo eles se organizaram, criaram um esquema e passaram a se revezar, dando a todos a possibilidade de retomar o trabalho.

Para passar um tempo em uma zona de desastre, a compreensão das culturas locais é fundamental. É preciso ter a noção do todo, juntar todas as peças do quebra-cabeça, conversar com líderes comunitários, organizações do governo e pessoas comuns. É necessário compreender as diferentes perspectivas. Por esse motivo, o trabalho envolve muitos cientistas sociais e físicos.

Hoje em dia, tem-se uma ênfase muito maior sobre o planejamento de gestão de emergências em comparação com o que havia há 50 anos atrás. Mas é um plano que muda constantemente, devido à nova combinação de ameaças que enfrentamos – tanto naturais, quanto tecnológicas. Os pesquisadores precisam aprender tudo novamente e adaptar os conhecimentos aos novos contextos políticos e econômicos. Não é fácil, não?[NationalScienceFoundation]

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