Você pode pensar numa cadela cuidando de seus filhotes, ou até numa porca dando de mamar para uma fila de porquinhos, e achar tudo isso bem normal e fofinho. Mas e as sanguessugas? Elas não fazem geralmente o tipo “mamãe”, mas acontece que elas também cuidam de suas crias.
A foto acima mostra uma espécie norte-americana recém-identificada de sanguessuga, Placobdella kwetlumye, com ovos (amarelos) ligados à parte ventral do seu corpo. A espécie foi descoberta por dois estudantes de graduação americanos, Alejandro Oceguera-Figueroa e Sebastian Kvist.
Os estudantes afirmam que a característica distintiva da espécie é seu único par de glândulas salivares compactas, ao invés de normalmente dois. Os pesquisadores escolheram o nome kwetlumye em homenagem a língua americana nativa Nlaka’pamux, que já foi falada na área de Washington, EUA, onde a sanguessuga foi descoberta (“kwetlumye” significa sanguessuga).
Como todas as sanguessugas, a P. kwetlumye é hermafrodita, o que significa que os indivíduos são ao mesmo tempo do sexo masculino e feminino.
A sanguessuga carrega os ovos em seu ventre até que eles choquem. Quando eles eclodem, os filhotes “grudam” na sanguessuga, que os leva para sua primeira refeição de sangue.
A comida preferida da P. kwetlumye é tipicamente sangue de tartarugas, sapos, pássaros aquáticos e anfíbios, como salamandras. Porém, ela não vai dizer não a uma boa refeição de sangue humano. Alejandro recolheu as sanguessugas colocando sua mão na água rasa e pegando as que grudaram nele, um método de coleta comum. [LiveScience]