Estudo: médicos não devem menosprezar sua intuição

Por , em 30.09.2012

Exames rotineiros nem sempre revelam infecções ou doenças graves que uma criança desenvolveu. Mesmo que exames digam que a criança está bem, médicos podem pressentir que o paciente tem alguma doença ou infecção. Nesses casos, os profissionais devem acreditar em sua intuição médica e fazer exames adicionais.

Um novo estudo indica que a intuição é um diagnóstico importante, e uma ferramenta que não deve ser ignorada.

Infecções graves são mais difíceis de ser identificadas em crianças. Muitas vezes, o corpo ainda não desenvolveu sinais e sintomas que indicam uma infecção, como tosse e resfriados. Com as vacinas, as infecções graves estão se tornando cada vez mais raras, o que também dificulta o trabalho dos médicos, já que eles têm menos experiência com esses problemas de saúde do que antes. No entanto, o sentimento intuitivo do médico de que algo está errado – mesmo após exames sugerirem o contrário – é muito importante.

Pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra) e Universidade Católica da Lovaina (Bélgica) acompanharam a avaliação médica de 3.890 crianças. Entre elas, 3.369 foram avaliadas como saudáveis, sem nenhuma doença grave, depois de passar por exames. Mesmo assim, seis delas mais tarde foram avaliadas como portadoras de doenças graves, ainda que os exames iniciais tenham indicado o contrário. Os resultados mostraram que quando os médicos agiam por intuição, a probabilidade de deixar a infecção grave piorar diminuía.

Médicos mais jovens relataram pressentimentos com mais frequência do que os médicos mais velhos. No entanto, o poder diagnóstico da intuição era o mesmo tanto para médicos mais experientes como para os com mais tempo de profissão. [My Health News/ScienceDaily/University of Oxford]

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