Estudo revela beija-flor de 22 milhões de anos que continua a evoluir e produzir novas espécies

Por , em 8.04.2014

Enquanto alguns param para admirar os beija-flores e captar imagens incríveis de seu voo em câmera superlenta, outros param para estudá-lo. E o resultado desses muitos estudos revelam que esses animais vão além do que os olhos podem ver.

Com uma história complicada espalhada por milhões de anos, eles continuam a evoluir até hoje, produzindo várias novas e diversificadas espécies. Como parte de um novo estudo, os pesquisadores construíram uma nova árvore genealógica para o beija-flor, usando informações genéticas de 451 aves de 284 espécies de beija-flores e seus parentes mais próximos.

Após analisarem os dados que tinham em mãos, descobriram que a pequena criatura que é dona do coração mais rápido do planeta se originou na Eurásia, cerca de 42 milhões de anos antes de se espalhar pela América do Sul, o que aconteceu há cerca de 22 milhões de anos. O pássaro, em seguida, se espalhou rapidamente por todo o continente sul-americano, evoluiu para desenvolver cores iridescentes (que refletem as cores do arco-íris) e, posteriormente, mudou-se para o norte para ocupar a região do Caribe e a América do Norte.

Segundo os pesquisadores, depois de atingir a América do Sul, os beija-flores se espalharam rapidamente e evoluíram novas espécies representadas por nove grupos distintos.

“Nosso estudo fornece uma imagem muito mais clara sobre como e quando os beija-flores passaram a ser distribuídos onde estão hoje”, explicou Jimmy McGuire, professor associado da UC Berkeley e principal autor do estudo. “Nós não estamos nem perto de determinar o número máximo de espécies de beija-flor. Se os seres humanos não estivessem por perto, eles simplesmente continuariam em sua maneira alegre, evoluindo novas espécies ao longo do tempo”, completou.

Hoje, são conhecidas 338 espécies de beija-flores no mundo todo. Mas, esse número poderá dobrar nos próximos milhões de anos, segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, publicado na revista Current Biology.

Os cientistas citaram a análise genética para mostrar que a diversidade de beija-flores hoje continua a aumentar e, em alguns lugares, existem mais de 25 espécies de ave na mesma área geográfica. De acordo com McGuire, ele vai continuar estudando beija-flores para entender como os pássaros estão se adaptando a uma grande variedade de nichos ecológicos, e como eles aprenderam a funcionar com o oxigênio reduzido em altitudes elevadas. Afinal, esses incríveis pássaros têm um “voo incrível, com frequências de batimento de asa de 60 vezes por segundo. É incrível que a evolução pode levar um animal a tais extremos”, conclui. [ibtimes]

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