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‘Eu posso clonar um ser humano’, afirma médico

Um controverso especialista em fertilidade disse, ontem, que é capaz de clonar seres humanos. Ele diz, aliás, que já clonou 14 pessoas, que se desenvolveram em embriões, e que 11 destes clones foram transferidos para úteros de mulheres.

A clonagem foi gravada por um diretor de documentários independentes. Esse diretor testemunha que as clonagens realmente aconteceram e que as quatro mulheres nas quais os embriões foram implantados sabiam que seus bebês seriam clones e aprovavam isso. Seriam os primeiros clones humanos criados com o objetivo de reprodução.

Panayiotis Zavos “quebrou” o último tabu da clonagem humana – transferiu embriões para o útero de mulheres, que os gerariam. Esse procedimento é crime na grã-Bretanha e em inúmeros outros países. Aparentemente, o médico possuía um laboratório secreto, no qual fazia seus experimentos.

Nenhuma das transferências de embrião ocasionou gravidez – mas, de acordo com Zavos, esse é apenas o primeiro capítulo de suas tentativas de produzir um bebê clonado a partir de células da pele de seus pais.

“Não tenho nenhuma dúvida de que uma criança clonada irá aparecer em breve. Posso não ser eu o médico que irá criá-la, mas vai acontecer” declarou Zavos. “Se nos esforçarmos, podemos ter um bebê clonado daqui a um ano, ou dois, mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para entregar um bebê clonado ao mundo. Sofremos pressão para entregar um bebê clonado saudável ao mundo”.

Em 2004, Zavos foi desacreditado pela mídia e por outros especialistas em fertilidade por não poder atestar suas descobertas e suas tentativas de clonagem. Mas, de acordo com ele, desde essa época, casais desesperados para terem um filho procuram seus tratamentos.

“Temos centenas de pedidos de tratamento. Mas escolhemos apenas aqueles casos em que é impossível a reprodução sem a clonagem” explica. “Não estamos interessados em clonar Michael Jordan ou Michael Jackson. É uma tentativa de pessoas reais, não dos famosos”.

No caso da ovelha Dolly, foram necessárias 277 tentativas até que a clonagem tivesse sucesso. Daquela época para cá o método de clonagem de animais foi melhorado. Mesmo assim, cientistas acreditam que é uma técnica muito perigosa para ser usada como terapia de fertilidade em humanos.

Zavos também declarou que já produziu embriões clonados de três pessoas mortas, incluindo uma menina de dez anos, chamada Cady, que morreu em um acidente de carro. Seu sangue foi congelado para que seu material genético pudesse ser usado em um clone.

No entanto, esse material não foi inserido em óvulos humanos, mas em óvulos de vacas, que tiveram a informação genética removida. Ele fez isso para que pudesse estudar o procedimento da clonagem. Zavos ressalta que nunca foi a intenção dele transferir esses óvulos para úteros humanos – mesmo com a mãe de Cady afirmando que autorizaria e apoiaria o médico caso houvesse esperança de clonar sua filha morta.

“Eu não transferiria esses embriões. Eles eram híbridos justamente para que aprendêssemos como a clonagem funciona” explica o especialista.

Indagado sobre as tentativas de implantar clones nos úteros das mulheres, Zavos declara que acha saber o motivo de não ter dado certo. “As condições não eram boas. Talvez com outros voluntários, e há centenas de casais que procuram isso, conseguiremos alguma gravidez” completa.

De acordo com outros cientistas, não há possibilidade de Zavos ter clonado um humano e de a criança estar passeando por aí. De acordo com a comunidade científica, o segredo teria se espalhado. [Independent]

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