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EUA acusam chineses de interferir em satélites americanos

O mundo inteiro observa, há alguns anos, a ascensão da China como potência para bater de frente com os EUA. As dissonâncias entre os países, embora não sejam abertas, já começaram a se manifestar em vários campos, incluindo o aeroespacial. Um relatório entregue ao congresso norte americano aponta que uma base militar na China estaria interferindo nas atividades de satélites controlados pelos EUA.

Talvez você não conheça, mas o governo dos EUA tem um órgão exclusivamente dedicado a monitorar as relações de segurança com a China. É a “Comissão de análise da economia e segurança sino-americanas” (USCC, na sigla em inglês). Segundo um relatório da entidade, pelo menos dois satélites ambientais dos EUA sofreram mais de quatro interferências por hackers na Terra, em 2007 e 2008.

Os tecnólogos americanos conseguiram rastrear o sinal de interferência proveniente de um dos satélites. O Landsat-7, lançado ao espaço em 1999, ficou fora do ar durante 12 minutos em outubro de 2007 e julho de 2008. A partir da captura da direção do sinal, descobriram que provinha de um computador instalado na base de Svalbard, em um arquipélago bem ao norte na Noruega. A suspeita do ato, no entanto, recai sobre os chineses.

Um cientista da USCC garante que há bons motivos para suspeitar da China. Ele explica que esse tipo de sinal de interferência, suficiente para desabilitar um satélite que monitora o clima da Terra por alguns minutos, é dissimulado por vários computadores pelo mundo para evitar que se encontre o verdadeiro autor.

Logo, como contam os cientistas, o fato de o sinal ter sido enviado da Noruega não significa que eles tenham algo a ver com isso. Segundo o USCC, a suspeita é atribuída à China “porque as técnicas parecem compatíveis com o autoritário estilo militar dos chineses”. De acordo com um representante da NASA, estas interferências são “eventos suspeitos”, e merecem atenção do Departamento de Defesa dos EUA.

O norte da Noruega, local de onde foram rastreados os sinais, é propício para o ato de sabotar satélites, como explicam os cientistas. O arquipélago de Svalbard detém o recorde de ponto geográfico habitado mais próximo do pólo norte.

Essa proximidade (1.200 quilômetros), segundo o USCC, torna o local propício para um ato como esse, mas os representantes da base norueguesa afirmam não ter captado nenhuma interferência nas ocasiões. Frente a esse mistério, o USCC abriu um inquérito para investigar a questão mais a fundo. [MSN]

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