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Exército americano inventa sanduíche que dura dois anos

O Exército americano fez uma inovação muito necessária: agora, suas “refeições prontas pra comer” (MRE, na sigla em inglês), ou aqueles pacotes selados cheios de alimentos desidratados ou congelados, agora serão os sanduíches mais inovadores do mundo, que podem ser servidos frescos mesmo depois de se sentar na prateleira por dois anos.

Quando o alimento apodrece, é um resultado de vários processos químicos e biológicos. Alguns destes são inerentes a certos ingredientes, outros são causados por bactérias.

Mas, quase que universalmente, esses processos necessitam de água e/ou oxigênio para acontecer. Assim, o Exército não precisou reinventar o sanduíche ou seus ingredientes para criar itens de longa duração. O que era preciso era descobrir como fazer um sanduíche que eliminasse água e oxigênio da equação.

Para fazer isso, os cientistas pensaram em ingredientes como o açúcar (em compotas ou geleias, por exemplo), sal e mel, que contêm umidade, mas também a retêm, mantendo esses alimentos longe do contato com outros ingredientes.

Pense em um tomate fresco; sobre um sanduíche, ele rapidamente faz com que o pão fique “encharcado”, já que a água do tomate embebe o pão. Mas a geleia ou mel na torrada, embora úmidos, não passam a sua umidade para o pão. Utilizar ingredientes que bloqueiam sua umidade no interior foi fundamental para o processo.

A parte mais difícil foi manter o oxigênio longe do sanduíche. Para isso, cada um deles foi embalado em um pacote selado com um “limpador de oxigênio” – um pequeno pacote de limalha de ferro que puxa o oxigênio do ar ambiente e o trava em uma camada de ferrugem. Isso mantém o oxigênio longe de coisas como o pão, onde poderia alimentar uma reação resultando em mofo.

Desprovido de oxigênio e água, um sanduíche pode durar um longo tempo – dois anos, neste caso. Mesmo sabendo disso, você comeria um sanduíche que fez aniversário duas vezes? [POPSCI]

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