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Explosão de raiva é bom para carreira

De acordo com uma pesquisa recente, mostrar a sua raiva e indignação com algumas situações no trabalho é melhor do que reprimir seus sentimentos.

O estudo, feito em Harvard, mostrou que aqueles que “engolem sapo” no trabalho têm três vezes mais chance de admitirem que possuem uma vida profissional e pessoal que os desaponta.

Mas aqueles que liberam sua raiva – de forma construtiva, é bom lembrar – são melhor estabelecidos profissionalmente. Também conseguem se envolver física e emocionalmente de forma melhor com as pessoas que amam, conseguindo desenvolver mais intimidade.

O professor George Valliant, psiquiatra de Harvard, declarou: “Pessoas pensam na raiva como um sentimento extremamente perigoso e são encorajadas a praticar o famoso ‘pensamento positivo’. No entanto, descobrimos que essa abordagem é auto-destrutiva e causa uma negação da realidade, provocando danos no campo profissional”.

Para Valliant, emoções negativas como medo e raiva têm uma enorme importância. “As emoções negativas são cruciais para a sobrevivência. Experimentos como o nosso mostraram que esses sentimentos aguçam nossa atenção e nos ajudam a perceber o perigo dentro de uma floresta escura, por exemplo”, explica o psiquiatra.

Claro, a raiva incontrolável é nociva, mas os pesquisadores de Harvard criticam o uso de calmantes e a atividade de grupos que ajudam os membros a ignorarem essa emoção. Para eles, nós mesmos devemos aprender a controlar nossa raiva e aplicá-la nas horas certas.

“Todos nós sentimos raiva” explica Valliant “mas indivíduos que aprendem como expressa-la, evitando o comportamento auto-destrutivo ou o estágio da fúria, encontram algo realmente poderoso em termos de crescimento emocional e superação. Se pudermos definir e controlar a raiva, como uma habilidade, conseguiremos alcançar grandes feitos” conclui.

Outro estudo recente descobriu que 55% dos voluntários, que tiveram uma explosão de raiva, acreditam que o sentimento os ajudou a alcançar resultados positivos. Para um terço das pessoas, a explosão fez com que percebessem as suas próprias faltas e buscassem melhorar. [Telegraph]

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