Recentemente, uma explosão muito brilhante de luz ganhou o status de possível objeto mais distante já visto no universo.
Os astrônomos não tem certeza do quão longe a chamada explosão de raios gama foi, mas as melhores estimativas são cerca de 13,14 bilhões de anos-luz de distância, tornando-se o objeto potencialmente mais distante já detectado no espaço.
Isso significaria também que a explosão ocorreu quando o universo tinha apenas 520 milhões de anos, menos de 4% da sua idade atual. O universo tem agora cerca de 13,7 bilhões de anos.
O flash ocorreu quando uma estrela morreu em uma explosão de supernova e lançou um poderoso jato de radiação de alta energia de raios gama.
A explosão brilhou por meros 10 segundos, mas soltou tanta luz quanto várias milhares de galáxias (mais de um milhão de milhões de vezes a luminosidade do sol).
Como essa luz levou muito tempo para chegar a Terra, os astrônomos são efetivamente capazes de analisar um pouco desse era passada. Porém, infelizmente, as imensas distâncias envolvidas tornam esse estudo muito desafiador.
A explosão foi observada por satélites da NASA em abril de 2009, e foi nomeada GRB 090429B. Embora a explosão inicial tenha durado apenas cerca de 10 segundos, o evento deixou uma fosforescência mais fraca visível no céu durante dias.
No entanto, por causa de condições de tempo, os pesquisadores não conseguiram fazer uma medida precisa do espectro de comprimentos de onda de luz da explosão. Ainda assim, os pesquisadores foram capazes de aprender o suficiente para estimar que a explosão é a mais distante de qualquer outra de raios gama já vista, e provavelmente mais distante até do que as galáxias mais distantes já vistas.
O objetivo dos astrônomos é entender melhor como as explosões de raios gama, as mais poderosas do universo, ocorrem. A questão fundamental é: qual é o mecanismo exato que produz essa explosão?
Os astrônomos também esperam ter uma imagem melhor da história do universo como um todo. “A galáxia que hospedou a estrela progenitora da explosão GRB 090429B era uma das primeiras galáxias do universo”, disse o pesquisador Derek Fox, um astrônomo da Universidade da Pensilvânia, EUA.
“GRB 090429B ilustra como explosões de raios gama podem ser utilizadas para revelar a localização de estrelas de grande massa no universo primordial, e acompanhar os processos de galáxia precoce e formação de estrelas que levou ao cosmos que vemos hoje”, finaliza.[MSN]