Segundo cientistas, a tecnofobia, ou o medo de usar a tecnologia, pode ser determinada antes mesmo de uma pessoa nascer, quando ela ainda está no útero.
A atitude de uma pessoa em relação a tecnologia pode ser prevista pelos hormônios a que são expostas no útero. Por exemplo, os pesquisadores afirmam que a exposição pré-natal a testosterona tem um efeito sobre a forma como o cérebro se desenvolve, que torna tanto mais fácil ou mais difícil entender a tecnologia.
Níveis mais baixos de exposição pré-natal a testosterona se relacionam a ansiedade sobre o uso de novas tecnologias, como computadores. Por exemplo, os pesquisadores descobriram que os níveis de exposição pré-natal a testosterona são maiores em estudantes de ciência da computação.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores mediram os níveis de exposição a testosterona comparando o comprimento do dedo alunar com o dedo indicador dos participantes da pesquisa. A maior diferença no comprimento indicava maior exposição a testosterona pré-natal.
O estudo comparou os comprimentos dos dedos de 150 estudantes de ciência da computação e 119 alunos de outros cursos. Eles descobriram que em todos os alunos de computação havia uma clara ligação entre suas notas e os comprimentos relativos dos seus dedos indicador e anular.
Os pesquisadores também descobriram que um dedo anular relativamente mais curto em relação ao dedo indicador está ligado aos sentimentos de ansiedade sobre o uso da tecnologia.
A pesquisa sugere que a menor exposição à testosterona pré-natal liga-se a sensibilidade à ansiedade em geral. Segundo os cientistas, descobrir essa relação entre a exposição pré-natal de testosterona e a sensibilidade à ansiedade pode ser útil na adaptação de informações para ajudar pessoas ansiosas quanto a novas tecnologias.