A Igreja Católica é conhecida pelos seus acobertamentos constantes, mentiras seculares e atrocidades. O fato de esconderem que o Papa estava nas últimas há muito tempo antes do seu desaparecimento é apenas um sintoma.
Por incontáveis anos a igreja anos tem protegido padres pedófilos e permitido que eles sigam cometendo seus crimes contra crianças e mulheres ao transferi-los de localidade antes de serem processados e ocultando sua localização atual
Recordo quando o Papa João Paulo II estava mais para lá do que para cá em 2005. Para qualquer pessoa sensata era óbvio que o homem já estava definhando nos últimos anos e parecia severamente doente em qualquer ocasião à qual comparecia.
Nos seus últimos dias a mídia não falava de outra coisa, mas a palavra oficial da Igreja era: “Ele está apenas com uma gripe.” Depois que usaram uma sonda para ajudar o velhinho respirar continuaram afirmando: “Está tudo bem, ele vai se recuperar.”
O papa João Paulo II recebeu uma facada em 1982 de um padre espanhol, apenas um ano depois de levar um tiro na Praça São Pedro, no Vaticano. Mas o seu ferimento foi mantido em segredo. O padre ultraconservador espanhol Juan Fernandez Krohn, atacou o papa com uma adaga, foi derrubado pela polícia e preso. O fato de que a faca atingiu o Papa e o cortou não havia sido conhecido até o momento.
O Cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário direto do papa por 27 anos, participou de um documentário chamado “Testomony” (Testemunho) que contém suas memórias e revela alguns destes fatos.
O Cardeal disse também que em 2005, quando o Papa não conseguia mais pronunciar palavras, ele disse para seus assessores que já era hora de morrer se ele não poderia mais falar. Portanto eles sabiam disso.
Alguns podem dizer que o Papa estava fazendo tudo isso por altruísmo, emulando Jesus, para que seus fieis não se preocupassem com ele e para se redimir de seus pecados. Mas a realidade é que a Igreja Católica (e muitas outras) não só pregam o temor, mas também se contaminaram com ele.
A minha impressão é que a idéia de ficar sem um líder os apavorava tanto que a negação era a única saída. Não é de se espantar, pois a hipocrisia sempre foi patente nas instituições religiosas. Em vários estados dos EUA a igreja católica foi enquadrada na lei RIGO, (uma lei especial que só é utilizada para processar organizações criminosas), para que fossem responsabilizados pelo acobertamento de crimes sexuais.
Estudos feitos no Brasil indicam que até 90% dos padres não fazem celibato (que é obrigatório) dos quais muitos mantém relações homossexuais e outros abusam de crianças e mulheres (que podem tornar-se presas fáceis por causa da confissão).
Não escrevi nenhuma novidade. A maioria destes fatos é notória. Por isso é difícil para mim alcançar a compreensão da dependência da população nestas instituições. [Reuters]