Um inseto, chamado aqui no Brasil de “donzelinha” (Mnais Costalis), foi objeto de estudo de pesquisadores da Universidade de Kyoto (Japão). Eles observaram que, além do já conhecido “voo sensual” para cortejar a fêmea, o que torna os machos da espécie mais atraentes é a temperatura. Por isso, voam tão próximos do sol quanto possível.
Os cientistas descobriram que o motivo dessa preferência é o fato de que os machos de corpo quente pousam em áreas mais quentes, o que favorece a desova das fêmeas. Para descobrir isso, os pesquisadores utilizaram termo-câmeras, de alta velocidade. Segundo ele, as câmeras podem ter um uso muito útil em outra área: os esportes. A temperatura corporal dos atletas durante uma competição é um fator determinante para o desempenho em várias modalidades, e a termo-câmera pode ajudar a identificar a quantas anda a temperatura do esportista.
No caso dos insetos, foi fundamental. A partir da câmera, concluíram que existe um processo de seleção natural, em que os machos na sombra não encontram fêmea para acasalar. No mundo das libélulas, faz sucesso com as mulheres aquele que se atreve a voar exposto ao sol. [BBC]