Apesar da aparência inofensiva, bovinos – como bois e búfalos – e ovinos – como ovelhas, carneiros e cordeiros – figuram como vilões quando falamos da mudança climática. Esses animais são responsáveis por mais de 20% das emissões globais de metano, segundo relatório de 2006 da Organização das Nações Unidas.
O gás, produzido durante o processo digestivo dos ruminantes, é expelido por meio de flatulências e arrotos, e tem capacidade de reter 23 vezes mais calor na atmosfera do que o gás carbônico.
No Brasil, que possui 203 milhões de bovinos – o maior rebanho comercial do planeta -, a fermentação entérica do gado representa 63% do total de emissões de metano da agricultura. Outros 15% são originários da fermentação entérica de outros animais.
E não seria tão diferente com os dinossauros. Segundo cientistas britânicos das Universidades de Londres, Glasgow e John Moore, no Reino Unido, as emissões expelidas pelos dinossauros saurópodes – como o Brontossauro – podem ter sido suficientes para aquecer todo o planeta, há 150 milhões de anos.
De acordo com o estudo, a população desses dinossauros ‘vegetarianos’ produzia cerca de 520 milhões de toneladas de gás por ano.
E tanto no caso dos ruminantes de quatro estômagos que ainda andam entre nós quanto no caso dos saurópodes, havia uma grande concentração de bactérias, protozoários e fungos, que são fundamentais no processo de fermentação dos alimentos. [LiveScience/BBC/Telegraph/Foto]