Pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) criaram o primeiro par de fones de ouvido utilizando grafeno. O protótipo ainda não tem nenhuma otimização, e mesmo assim a qualidade do som se equipara aos melhores dispositivos disponíveis no mercado atual.
Quando se fala em grafeno, não podemos duvidar de (quase) nada no quesito tecnológico. Esse é o material mais leve do mundo, e ao mesmo tempo é 300 vezes mais forte que o metal. Além disso, o grafeno é bastante flexível e um ótimo condutor de eletricidade.
Definitivamente, esse é o material do futuro. Em 2010, a invenção do grafeno rendeu o Prêmio Nobel de Física aos cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester (Inglaterra).
Como funciona o fone de grafeno
Os cientistas utilizaram grafeno para desenvolver o diafragma do fone de ouvido, que produz as ondas sonoras. Ele é assustadoramente pequeno e leve: tem 7 mm de diâmetro, e apenas 30 nanômetros de espessura – tão fino quanto um átomo.
Essa lâmina extremamente fina é colocada entre dois eletrodos de dióxido de silício, que permitem a vibração do material para a produção do som. Os eletrodos são revestidos com dióxido de silicone para prevenir curto-circuitos, caso o diafragma seja usado com muita potência.
Mas o que torna os fones de ouvido de grafeno melhores, afinal? Os diafragmas comuns precisam ser amortecidos, para que não se acabem em pedaços – o que afeta a qualidade do áudio. O fone de grafeno, muito mais forte, leve e resistente, pode emitir sons sem precisar ser amortecido. Logo, a qualidade sonora é muito superior. Além disso, ele é muito mais eficiente energeticamente.
No entanto, os melhores fones de ouvido do mundo ainda estão na fase inicial de desenvolvimento. Ainda teremos bastante tempo para sonhar com eles antes que cheguem ao mercado. [Extreme Tech/arXiv]