Esta matéria, lida daqui a algumas décadas, pode não fazer tanto sentido quanto hoje, já que estamos aderindo à escrita no computador em detrimento da caligrafia a cada dia que passa. Atualmente, contudo, muitas pessoas precisam escrever e escrevem com as mãos. Os professores, por exemplo, deveriam receber um bônus no salário apenas pelo desafio de ter que decifrar algumas letras bem ruinzinhas. Se você é um destes exemplares, pode culpar seus genes: uma pesquisa de um centro médico em Westwood (Massachussets, EUA), sugere que a caligrafia é uma característica hereditária.
Os especialistas afirmam que não se trata apenas de genética: muitos outros fatores podem determinar como você escreve. Experiências pessoais, e a maneira como foi o aprendizado de leitura e escrita podem ser tão forte quanto uma boa cadeia de DNA. Um dos pesquisadores vai ainda mais longe: “Se uma pessoa sofrer um evento traumático, sua caligrafia pode mudar. Escrita reflete a personalidade de uma pessoa e seu estado de espírito – uma pessoa organizada, por exemplo, tende a tomar maior cuidado”.
Mas estamos falando de genética. Ela influencia, por exemplo, na forma como uma pessoa pontos seus i’s e cruza seus t’s. Essa influência ocorre através da anatomia: afeta a estrutura óssea como uma segura uma caneta, a coordenação mão e olho, a memória muscular e a capacidade mental em copiar a letra de outra pessoa. Ainda assim, não é uma característica imutável.
O que os cientistas ainda tentam descobrir é como diferenciar as coisas. Explicamos: o fato de um filho ter a letra parecida com a de seus pais é realmente genética ou acontece porque foram eles que o ensinaram a escrever? E no caso dos que aprenderam diretamente na escola, será que terão a letra do professor que os alfabetizou? Fica o mistério para se desvendar no futuro. [Life’s little mysteries]