O Ramadã começa essa semana e as grávidas que estão pensando em participar do jejum muçulmano devem considerar os efeitos a longo prazo que isso pode ter no desenvolvimento do bebê.
O cientista Nick Ashton, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, analisou 7 mil bebês nascidos em um hospital saudita durante um período de quatro anos. A pesquisa mostrou que 90% das mulheres muçulmanas, mesmo grávidas, cumprem o Ramadã rigorosamente.
Apesar dos bebês terem o peso similar no nascimento, independentemente de suas mães terem ou não jejuado, a placenta das mães adeptas ao Ramadã eram mais finas (chegavam a ser 3% mais leves). Crianças nascidas com placentas menores do que o normal possuem maiores riscos de desenvolver doenças cardiovasculares em algum ponto da vida adulta.
Ashton declara que ainda irá estudar mais o assunto, pois não tem confirmação que as crianças analisadas desenvolveram doenças cardiovasculares – apenas outros experimentos indicaram que alterações na placenta podem ter esse efeito. Então ele ainda não pode aconselhar as mulheres a não jejuar, embora o aviso da possibilidade desses efeitos seja válido. [NewScientist]