Quem olha pinturas rupestres de 30 mil anos atrás nem imagina que elas podem ser mais precisas do que muitos desenhos “modernos” – pelo menos quando se trata de mostrar o movimento de animais quadrúpedes. Depois de analisar mil trabalhos artísticos, uma equipe de pesquisadores da Hungria concluiu que o número de erros era consideravelmente menor entre os homens das cavernas.
As obras incluíam pinturas de vacas e elefantes e estátuas de cavalos e outros quadrúpedes. Na maioria delas, a posição das pernas durante o movimento estava incorreta, porém o problema ocorria menos em obras pré-históricas (46,2% das vezes) do que em obras modernas feitas antes de 1880 (83,5%). Nem Leonardo Da Vinci escapou de errar.
Na década de 1880, o artista Eadweard Muybridge estudou detalhadamente o movimento de quadrúpedes (que é muito similar, independentemente da espécie), analisando a posição das pernas tanto em movimentação lenta quanto em corrida. Depois que os resultados desse estudo foram publicados, o índice de erros caiu para 57,9% (após 1887).
“Os homens das cavernas estavam mais conscientes da movimentação lenta de suas presas e ilustraram o andar de quadrúpedes mais precisamente do que artistas que vieram depois”, escrevem os pesquisadores.
Contudo, não ficou claro se os modernos cometiam essas imprecisões por causa de “licença poética”, ou porque não tinham tanto conhecimento sobre o movimento dos animais.[Science 2.0] [Daily Mail UK]