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Homens do nordeste do País de Gales possuem extraordinária constituição genética

As pessoas do País de Gales andam intrigando cientistas, que estão pedindo para que elas forneçam uma amostra do seu DNA a fim de descobrir porque a população dessa área tem uma genética rara.

Até agora, 500 pessoas participaram do estudo. Isso mostrou que 30% dos homens da região carregam um tipo incomum de cromossomo Y, em comparação com 1% dos homens em outros lugares do Reino Unido.

A equipe de cientistas liderada por Andy Grierson e Robert Johnston está tentando descobrir como e por que isso aconteceu. Eles querem conversar com pessoas com ascendência na região para descobrir o que se sabe sobre sua história familiar, e para lhes proporcionar uma oportunidade de contribuir com uma amostra de DNA para o projeto.

“O número de pessoas no nordeste do País de Gales com esta composição genética é extraordinária”, conta Andy Grierson. “Esse tipo de composição genética é normalmente encontrada no Mediterrâneo oriental, o que nos fez pensar que poderia ter havido fortes conexões entre o nordeste do País de Gales e esta parte da Europa em algum lugar do passado”, explica.

Mas este não parece ser o caso. Então, os pesquisadores ainda estão analisando amostras para tentar descobrir por que isso aconteceu e o que isso revela sobre a história da região.

No início do estudo em 2009, os acadêmicos estavam esperando ligar a migração dos homens na Idade do Bronze à descoberta do cobre. O metal foi encontrado na Montanha Parys na ilha de Anglesey, e em Llandudno, Conwy. Os participantes que vêm dessas áreas, assim como seus avôs paternos, foram convidados a fornecer uma amostra para análise genética.

Andy conta que se interessou no norte de Gales por causa do material genético único, e porque oferecia uma oportunidade de investigar a história da região usando a genética. “O DNA fornece uma oportunidade nova de olhar para as populações do passado”, afirma.

História e arqueologia dependem de manuscritos, objetos e paisagens sobreviventes, o que pode limitar muito certas descobertas. “A genética permite-nos olhar para a população histórica através seus descendentes vivos”, argumenta o cientista.[BBC]

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